SEF ainda procura seis migrantes do hostel de Lisboa

Tiago Petinga / Lusa

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou que ainda procura seis migrantes do hostel da rua Morais Soares, em Lisboa.

“A pedido das autoridades sanitárias, e por estar em causa a saúde pública, o SEF deu início a averiguações das quais resultou a deteção de 19 cidadãos estrangeiros, na sua maioria do continente africano, em vários pontos do país (norte, centro e região da grande Lisboa)”, revelou o SEF em comunicado, citado pelo semanário Expresso.

Dos 25 cidadãos estrangeiros que não se encontravam alojados no hostel, no passado domingo, seis estão ainda por localizar, julgando-se que dois possam estar no Reino Unido e, por isso, o SEF já pediu a colaboração das autoridades inglesas.

Os refugiados deveriam estar em confinamento depois de terem estado em contacto com pessoas infetadas com covid-19. Naquele hostel, foram detetados 138 casos de infeção.

Os 138 infetados, os 26 refugiados que testaram negativo, mas que precisam de confinamento, e os cinco cujos testes foram inconclusivos foram transportados, no final da noite de segunda-feira, para a Base Aérea da Ota, concelho de Alenquer, distrito de Lisboa.

Ao jornal Público, um dos proprietários do hostel, Dolorito Borges, disse que as condições do estabelecimento não são tão más quanto se tem dito. “Não é um hotel de cinco estrelas, mas também não é essa miséria como estão para aí a dizer“.

Isto porque várias entidades, tal como a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Arroios, se manifestaram surpreendidas com a situação em que estas pessoas viviam.

O sócio garante que “foi o Conselho Português para os Refugiados (CPR)” a contactá-lo e prometeu mostrar todos os documentos sobre o acolhimento de refugiados em breve, entre contratos com o CPR, as vistorias da ASAE e outros documentos sobre o hostel.

Em declarações ao mesmo diário, esta quarta-feira, a diretora do CPR, Mónica Farinha, disse que as condições onde estas pessoas estavam alojadas “não são as ideais, mas também não são desumanas” e que procurou “os melhores locais e mais adequados”.

ZAP //

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