A direção da Escola Secundária de Carcavelos anunciou esta sexta-feira que o estabelecimento de ensino vai reabrir em janeiro, uma vez que “as situações mais urgentes foram resolvidas”.
O diretor do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, em Cascais, Adelino Calado, disse hoje à agência Lusa que a escola secundária vai reabrir na terça-feira, por terem sido dadas garantias técnicas de que as instalações estão seguras.
Depois de, na semana passada, ter admitido não reabrir a escola para o segundo período escolar, devido a “problemas de segurança”, o responsável informou agora que “as situações mais urgentes foram resolvidas”.
“Exigíamos que fossem dadas garantias de que as instalações da escola estavam seguras e essa garantia foi dada esta manhã pela Parque Escolar. Houve várias vistorias de técnicos e os problemas mais urgentes foram resolvidos, mas ainda durante o mês de janeiro há trabalhos a realizar”, acrescentou o diretor.
Os “problemas de segurança” da Secundária de Carcavelos apontados pelo diretor da escola já se arrastavam há um ano e estavam relacionados com falta de eletricidade e manutenção de equipamento, o que punha em risco a segurança dos cerca de dois mil alunos que ali estudam.
“Faltam 400 lâmpadas e há locais da escola em que não há luz em escadas e onde pode cair alguém”, afirmou o diretor ao jornal i, que denunciou o caso.
O responsável também lamentou a falta de ar condicionado e a ausência de estores, notando que era “insuportável estar dentro de uma sala de aula, seja com frio ou com calor”.
E ainda problemas no registo de entradas e saídas, não sendo “possível controlar quem sai e entra na escola”, o que resultava em “problemas de segurança gravíssimos”.
Na altura da denúncia ao jornal, o diretor lamentou o facto de ter lançado, desde o início do ano, vários alertas à Parque Escolar e ao Ministério da Educação, tutelado por Tiago Brandão Rodrigues, sem ter obtido qualquer resposta.
Adelino Calado justificou a “ameaça” de encerrar a escola para o segundo período pela necessidade “urgente” de resolver os problemas.
“Infelizmente, tivemos de chegar a uma situação limite para ter alguma resposta, para ver alguma coisa feita”, disse.
ZAP // Lusa