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“Questão do secretário-geral do PCP não será um problema”

Miguel A. Lopes / Lusa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa também foi ao “Programa da Cristina”. Esta quinta-feira, o secretário-geral do PCP falou do seu percurso político e deixou pistas sobre a saída da liderança do partido.

Esta quinta-feira, o líder comunista, Jerónimo de Sousa, afirmou que a sua sucessão à frente do PCP “ainda não está colocada”, mas “não vai ser um problema” no congresso do partido, este ano.

As palavras foram proferidas no “Programa da Cristina”, na SIC, esta quinta-feira. Jerónimo se Sousa foi apresentado como operário, não cozinhou, falou durante meia hora com a apresentadora Cristina Ferreira, mostrou fotografias do seu casamento ou com um neto, e não disse se voltará ou não a ser candidato no congresso de novembro.

Questionado se já sabe quem podem ser os seus possíveis substitutos, o secretário-geral do PCP garantiu que “a questão ainda não está colocada”. “Mas tenho a convicção que a questão do secretário-geral do PCP não vai ser um problema no congresso. E mais não digo”, afirmou.

Embora nada tenha dito sobre se deixa o cargo, ainda assim afirmou que a sua substituição, quando acontecer, será mais fácil do que quando chegou a líder dos comunistas portugueses. “Mais difícil foi quando entrei em funções, que olhavam para mim como operário metalúrgico. É operário metalúrgico, é burro…”, disse, que confessou que leva “900 e tal euros” por mês “para casa”, ordenado de metalúrgico.

Em termos genéricos, afirmou ser necessário que seja o próprio “a decidir quando sair” e garantiu, com um “não conte com isso, Cristina”, que um dia, quando deixar de ser líder, se afaste do seu “rumo” ou “caminho” em defesa do PCP.

Olhando para trás, desde que assumiu o cargo, em 2004, sucedendo a Carlos Carvalhas, Jerónimo de Sousa afirmou que deu e dá o seu melhor. E começou a emocionar-se quando confessou que “sabe tão bem” quando “se consegue alguma coisa na Assembleia da República”, seja “um aumento das reformas, nos salários” ou “o direito a uma creche”.

No final, emocionou-se quando Cristina Ferreira se despediu do “operário” Jerónimo de Sousa que estivera sentado no sofá do estúdio do programa.

ZAP // Lusa

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