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Sarah previu a vitória de Trump em 2016. Agora, alerta para o perigo das redes sociais

Sarah Kendzior / Facebook

A jornalista Sarah Kendzior (dir)

Sarah Kendzior, que previu a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016, diz que as redes sociais podem ser utilizadas como uma arma política.

Quando quase todos menosprezavam a corrida eleitoral de Donald Trump em 2016, Sarah Kendzior foi das poucas que alertou para a temível possibilidade de o magnata se tornar no próximo presidente norte-americano. A jornalista foi recentemente entrevistada pelo site Fast Company, tendo comentado a situação política do país e os perigos que as redes sociais representam.

“Se tens uma cultura política preexistente, definida por paranoia e angústia, e a sensação de estar constantemente sob ataque, é difícil criar uma oposição efetiva ou uma mera comunicação em geral entre diferente partidos”, explicou a especialista.

Este é um cenário que se tem visto replicado em países como os Estados Unidos e o Reino Unido — que se dizem democráticos — e que Sarah entende como típicos de nações como a antiga União Soviética e o Usbequistão.

Na sua opinião, “as redes sociais realçam alguns dos piores aspetos do discurso político”, o que torna muito fácil usar as palavras dos outros como uma arma. No caso do presidente Donald Trump, o Twitter tem sido o seu meio preferido para divulgar as suas mensagens. “Ele não faz conferências de imprensa. Ele não tem qualquer tipo de interação real com jornalistas”, acrescentou.

A especialista diz ainda que é difícil ter uma sociedade civil em funcionamento quando, nas redes sociais, é tão complicado distinguir aquilo que é verdade daquilo que são fake news.

No caso mais específico da promoção de Donald Trump, “eles querem que os próprios conceitos de verdade ou integridade na política sejam destruídos“. É nestas circunstâncias que “muitos atores políticos diferentes vão tirar proveito das redes sociais para continuar a fazer isso”.

ZAP //

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