“Saque ao erário público” com “obras inúteis” de 900 milhões. Governos do PSD Madeira sob fogo

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Manuel de Almeida / Lusa

O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque

O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque

A oposição critica os 900 milhões de euros gastos por Alberto João Jardim e Miguel Albuquerque em obras que consideram ser “inúteis” e falam em “clientelismos antigos e de hoje”.

Os Governos de Miguel Albuquerque e de Alberto João Jardim na Madeira estão a levar com uma avalanche de críticas por parte da oposição. Segundo as contas do PS, PCP e IL, já foram gastos 900 milhões de euros em “obras inúteis”.

Uma das empreitadas em causa é o prolongamento do molhe da Pontinha, que pretende proteger a cidade do Funchal de tsunamis e custou 150 milhões de euros, não tendo sido incluída no PRR por não ser considerada importante.

Estão ainda previstos gastos de 30 milhões para um teleférico na área protegida no Curral das Freiras e de 240 milhões “injetados por Miguel Albuquerque nas falidas sociedades de desenvolvimento”, aponta Sérgio Gonçalves, líder do PS Madeira.

“Milhões e milhões desbaratados em obras megalómanas, inúteis. Mas existem muitas outras. E não se trata de um assunto do passado. É um assunto do presente. É assunto sobre o qual Miguel Albuquerque tem responsabilidades e que continua numa lógica despesista. Proliferam o cimento e o betão em vez de se apostar da habitação e na saúde”, critica, citado pelo DN.

Já em 2011, José Manuel Rodrigues, então líder do CDS Madeira, falou em “obras inúteis, despesas inúteis, desperdícios sem qualquer justificação, obras sem qualquer utilidade”.

Ricardo Lume tece críticas no mesmo tom e frisa a importância de “romper definitivamente com o jardinismo, com ou sem Jardim”. “É impedir que nesta região se prolongue a governação ditada por uma nova teia clientelar e orientada para assegurar o rumo de exploração e empobrecimento implantado nos últimos 50 anos”, critica o deputado do PCP.

O comunista fala mesmo num “saque ao erário público” por parte dos “renovadinhos de Miguel Albuquerque” e num “carrocel do assalto aos dinheiros públicos para saciar clientelismos antigos e de hoje”.

Do lado da Iniciativa Liberal, Nuno Morna, líder da IL na Madeira, refere que “fazem-se obras por fazer” na região, “mesmo as que são necessárias” e que não têm estudos. “Eles sabem tudo, quando não sabem rigorosamente nada. É a “chico espertice” ao serviço do “pato bravismo””, atira.

Em resposta ao DN, Miguel Albuquerque explica que a dívida na Madeira não é “asfixiante” e, por isso, “não é uma condicionante que limite” o investimento nas obras. O líder do Governo regional diz ainda esperar conseguir “uma percentagem da dívida em relação ao PIB à volta dos 90%”.

ZAP //

21 Comments

  1. A obra notável de desenvolvimento integral da Região Autónoma da Madeira (RAM) e o bem-estar que os Madeirenses usufruem em todas as vertentes das suas vida, só foi e é possível graças à liderança e Governos Autárquicos do Sr.º Dr.º Alberto João Jardim.
    Os liberais/maçonaria (PS, CDS, PCP, IL, JPP, facção liberal/maçónica do PSD) terão de justificar as suas acusações, sob pena das mesmas não terem fundamento.
    É preciso criar uma força política que enfrente e acabe de uma vez por todas com o liberalismo/maçonaria por forma a salvar e desenvolver a Pátria, garantir o Interesse Nacional e o bem-estar dos Portugueses no Continente e Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

    • Hahahaaaaaa… o “rei” Jardim deixou a Madeira com a maior dívida per capita do país!!
      Salvaguardou bem os seus interesses e dos seus amigos; já os dos madeirenses…

    • Ó Figueiredo, quanto lhe pagam esses seus amigos corruptos? Quanto empregos para a sua família tem de lhes agradecer? Quantas mais mordomias lhe ofereceram? Vc tem tudo para ser um criados dessas ‘excelências’ ladras

  2. belo argumento… como a divida da madeira não é asfixiante pode-se fazer obras independentemente da sua utilidade.

    um molhe para proteger de um tsunami? até parece que estamos no japão com atividade sismica constante…

    é como os tuneis que serviram apenas para furar os montes mas depois não levam a lado nenhum

  3. “Erário Público” é uma redundância!
    Erário = Substantivo masculino significando: Tesouro público; Dinheiro e bens pertencentes ao Estado; Conjunto dos recursos financeiros de um país.
    Mas isto é p’ra quem sabe Língua Portuguesa!

    • Caro leitor,
      “Erário público” não é uma redundância.
      Na Língua Portuguesa”, “erário” é o “conjunto dos recursos económicos e financeiros de uma entidade ou de um Estado (ex.: erário público)”.
      Ou seja, “público” é um exemplo de um “erário”, que pode ser de uma entidade que não o Estado.
      Erário“, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

  4. O Miko tem razão, a palavra “erário” significa: “tesouro público” e, talvez por isso, se tenha a tendência de designar o “erário” como “público”, também, importando o adjectivo que qualifica o tesouro. Estamos realmente em presença de um pleonasmo ou seja de uma redundância que quase toda a gente usa!! O jornalista antes de responder devia ter investigado melhor.

    • Cara leitora,

      Parece haver a ideia generalizada de que “erário público” é um pleonasmo.
      Essa ideia é contrariada por todos os dicionários que o jornalista consultou, segundo os quais “erário público” é uma instância de “erário”.

      Erário

      “Conjunto dos recursos económicos e financeiros de uma entidade ou de um Estado (ex.: erário público)”.
      Erário“, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

      nome masculino
      1.recursos financeiros
      2.conjunto das repartições financeiras onde se conservam e administram os dinheiros públicos; tesouro público
      Erário in infopédia – Dicionários Porto Editora

      n.m.
      1. Denominação de património financeiro;
      2. Designação do grupo de departamentos ou seções públicas, onde são mantidos e geridos os dinheiros públicos; do mesmo significado de tesouro público.
      Erário” in Léxico.pt

  5. Eu só vejo corrupção por todo o lado .devia aver uma entidade para fiscalizar os dinheiros que são aplicados nas obras publicas na madeira .mas infelizmente todos vão assistindo ao espetaculo de camarote e mais tarde é se lembram que o circo está a arder.

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