Nos últimos oito anos os salários subiram mas, nos sectores financeiro e de seguros, caíram quase 25%.
Ao longo dos últimos oito anos os salários em Portugal subiram, em alguns casos, mais de 20%.
No entanto, nos sectores da banca e dos seguros, as remunerações desceram 22,7% em termos reais, desde 2015.
Os números relativos a 4.5 milhões de postos de trabalho foram disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística ao jornal Expresso.
No global, entre o primeiro trimestre de 2015 e o terceiro trimestre de 2022, o salário médio bruto mensal aumentou 22%, contas acumuladas.
Mas os termos reais têm em conta o impacto da inflação, para avaliar a evolução do poder de compra, e aí a subida dos salários fica-se pelos 5,7%.
Os salários das actividades financeiras e seguros caíram quase um quarto (a maior queda de todas); além das constantes reestruturações e da crise financeira anterior, a “culpa” é da tecnologia – que substitui as pessoas em tarefas de rotina.
No sector electricidade e gás o salário em termos reais também caiu consideravelmente: 21,5%. Na Administração Pública (que hoje está em greve) desceu 9,7%.
Por outro lado, há sectores nos quais os salários subiram muito desde o início de 2015: indústrias extractivas (27,1%), indústrias transformadoras (24,9%), agricultura (22,1%) e alojamento e restauração (19,4%).
Há ainda uma grande divergência entre os sectores público e privado: descida de 5,2% no público e subida de 11% no privado.
Faz sentido, os bancos não têm tido lucros dignos ultimamente, coitados! Como é que hão-de remunerar melhor os seus funcionários, esses inúteis mal-dizentes?!…