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O salário mínimo na Região Autónoma da Madeira (RAM) vai subir para os 615 euros mensais, anunciou a secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, um aumento de 23 euros face ao ano anterior.
Na quinta-feira esteve em discussão o aumento da retribuição mínima mensal garantida na Madeira para o ano de 2019, numa reunião em que o Governo Regional, as Associações Sindicais e as Associações Patronais procuraram promover o diálogo e a concertação entre os parceiros sociais.
Nessa reunião foi decidido que o salário mínimo da Madeira sobe este ano para 615 euros. De acordo com a secretária regional, representa um aumento de 3,9% em relação ao ano anterior. A USAM votou contra, pois defendia um aumento no valor de 7%.
“O acordo foi alcançado com todas as entidades presentes à exceção de um sindicato que julgou que o valor deveria ter sido mais elevado”, neste caso a União dos Sindicatos da Madeira (USAM), explicou Rita Andrade, citada pelo Jornal Económico.
A secretária disse que a proposta será submetida à Assembleia Legislativa Regional “para ser aprovada”, mas “de qualquer modo terá sempre efeitos retroativos a 1 de janeiro” deste ano, acreditando a governante que “no mês de fevereiro ou março já poderão ser ressarcidos”.
A primeira reunião da Comissão Permanente de Concertação Social de 2019 realizou-se no auditório da Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais e está integrada no Conselho Económico e da Concertação Social da Região Autónoma da Madeira.
“Isto foi um compromisso do governo e uma grande preocupação face ao quadro económico bastante mais favorável e com uma dinâmica, em termos de crescimento económico, de redução do desemprego, com o acréscimo de rendimento às famílias”, afirmou Rita Andrade.
A secretária referiu ainda o consenso alcançado com este acordo e defendeu que, apesar de as estruturas sindicais quererem mais, as “empresas poderiam ter dificuldades” em assumir encargos mais elevados.
O salário mínimo regional era de 592 euros. Desde a tomada de posse do atual Governo Regional, liderado por Miguel Albuquerque, já houve um aumento na ordem dos 100 euros.
