Ventura apontou para os 15% nas eleições legislativas de 30 de janeiro e rejeitou comparações a Sá Carneiro, embora admita que este estaria orgulhoso.
O Chega reuniu-se entre sexta-feira e domingo, em Viseu, para o IV Congresso do partido, por imposição do Tribunal Constitucional. Não obstante ao seu modus operandi, André Ventura voltou a pedir a unidade do partido e endereçou críticas, da esquerda à direita, com especial foco para o PSD — ou, como lhe chamou, o “PS2”.
Das três moções estatutárias apresentadas, só a que André Ventura apresentou é que foi aprovada, reforçando os poderes do líder do Chega, escreve o Expresso. A sua lista da direção eleita à primeira, com 85,3% dos votos, classificado como o melhor resultado de sempre.
Ainda assim, segundo o Público, André Ventura não conseguiu eleger todos os 70 membros do próximo conselho nacional do partido, que terá um quarto de militantes da ala crítica.
Ventura deixou o objetivo bem claro: chegar aos 15% nas eleições legislativas de 30 de janeiro. “Vamos atrás de ti!”, atirou Ventura, referindo-se a António Costa. “Não descansarei enquanto o PS não sair do Governo em Portugal”.
Admitindo que o Chega falhou em alguns momentos, rematou que “nem Jesus agradou a todos”. Quanto à escolha de deputados, disse que iria escolher “os melhores, os mais leais e os que mais amam este partido e Portugal”.
“Eu sei que muitos têm dúvidas. É legítimo duvidarem de mim. O que vos peço é uma oportunidade para poder governar este país. É possível que eu cometa erros nas escolhas. O que vos peço é a confiança”, apelou Ventura, em Viseu.
Novamente numa referência a Deus, Ventura insistiu: “Eu ando sempre com um terço comigo. Não tenho medo de falar de Deus. Também nunca deixarei de falar da pátria, a que tanto devemos. E não temos medo de falar da família, a célula básica da sociedade”.
Por isso, o líder do Chega sublinha que este deve ser o partido de Deus, Pátria, Família… e Trabalho.
No sábado, António Tânger Corrêa disse: “Eu estive na fundação do CDS. Infelizmente o CDS morreu. Nós somos os verdadeiros herdeiros da Aliança Democrática. Somos os herdeiros dessa luz”.
Por sua vez, Ventura rejeitou comparações a Sá Carneiro, mas admite que este estaria orgulhoso do trabalho que fez.
“Não gosto de me comparar, mas acho que Sá Carneiro estaria hoje orgulhoso do trabalho que fizemos aqui. Sá Carneiro nunca se vendeu ao socialismo. Provavelmente pagou isso com a vida. Não descansarei enquanto não se responsabilizar quem assassinou Sá Carneiro”, disse.
André Ventura falou ainda “bipartidarismo crónico”, realçando que o seu partido é a alternativa de direita e centro-direita. “Estamos aqui para ser a vossa voz a 30 de janeiro”, disse Ventura, abrindo a porta a apoiantes vindos do PSD e do CDS.
Se Ventura chegou a rejeitar diálogos com o PSD, desta vez apelou a entendimentos com os sociais-democratas no pós-legislativas.
Ao Expresso, Diogo Pacheco de Amorim disse que “não se pode” colocar a responsabilidade da ingovernabilidade em quem “está sentado à espera” de diálogo. “Já conhecem as nossas condições, continuam de pé. A bola está do lado do PSD”, reforçou.
Esta cena de ele dizer que daqui a 2 legislaturas será a 3ª força politica em Portugal…….cá estaremos a ver se é verdade……..
se se chegar a isso, algo de muito errado terá ocorrido aos portugueses.
há para aí muitos ricos, saudosistas do salazarismo…