As autoridades russas enviaram na sexta-feira um grupo de polícia de choque de São Petersburgo para a cidade ucraniana de Mariupol, na região anexada de Donetsk, com o objetivo de bloquear uma nova onda de protestos contra o governo pró-Rússia.
De acordo com uma mensagem publicada no Telegram do assessor do presidente da câmara de Mariupol, Petro Andryushchenko, as forças policiais já estão a patrulhar as ruas da cidade perante um caso de “protestos massivos”.
Como lembrou o Expresso, Mariupol foi desde a primeira hora da guerra palco de intensos confrontos entre a Rússia e a Ucrânia. A cidade acabou por ser ocupada pelos russos, que agora estão a tentar fazer da Mariupol uma espécie de centro logístico militar, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
A ofensiva militar lançada em fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, segundo os mais recentes dados da ONU.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Guerra na Ucrânia
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