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Prisioneiros de guerra ucranianos abraçam-se após troca de prisioneiros com a Rússia.
Quase 500 drones disparados pelo lado russo, de madrugada. Ao início da tarde, começou a troca de prisioneiros com menos de 25 anos.
O ataque russo à Ucrânia desta segunda-feira, que forçou a NATO a começar a operar no espaço aéreo polaco durante a manhã, envolveu um número recorde de drones lançados contra território ucraniano desde 2022, de acordo com as autoridades ucranianas.
Foram quase 500 drones os disparados pelo lado russo, além de 20 mísseis aéreos: um dos maiores ataques desde o início da guerra, e aconteceu perto da fronteira com a Polónia.
Os danos registados, no entanto, foram mínimos, confirma a Ucrânia. As defesas aéreas ucranianas terão intercetado e destruído as centenas de drones e mísseis.
O ataque recorde acontece num dia que se preparava para ser positivo, dentro dos possíveis, no cenário de guerra sem fim à vista entre os dois países. Isto porque Moscovo e Kiev iniciaram esta segunda-feira a troca de prisioneiros de guerra com menos de 25 anos, no âmbito do acordo alcançado há uma semana nas conversações de Istambul, anunciou o Governo russo.
O ministério não especificou o número de soldados trocados, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), mas “a troca começou hoje [segunda-feira] e vai decorrer em várias fases nos próximos dias”, explicou o presidente Zelenskyy nas redes sociais, adiantando que o processo era “bastante complexo” e que as negociações entre as duas partes prosseguiam “praticamente todos os dias”.
“A Rússia está a intensificar a guerra e não tem intenção de a parar”, disse Andriy Yermak, principal conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. “Qualquer escalada só pode ser travada com recurso a força.”
A invasão em grande escala, que começou em fevereiro de 2022, continua a não mostrar sinais de resolução, apesar dos esforços internacionais em curso para mediar a paz, incluindo duas rondas recentes de negociações entre delegados ucranianos e russos na Turquia.
Durante o fim de semana e antes de confirmarem hoje o início da operação, as duas partes acusaram-se mutuamente de atrasar o cumprimento do compromisso alcançado em Istambul.
A estratégia do presidente russo Vladimir Putin tem contado cada vez mais com ataques em massa com drones e mísseis para pressionar a infraestrutura e o moral da Ucrânia. Entretanto, a Rússia informa que drones ucranianos têm atingido instalações militares russas.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
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