Rússia destruiu 45 mil toneladas de armamento da NATO. Representante da AI em Kiev demite-se

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(h) Russian Defence Ministry / EPA

Lançador de mísseis Tornado-G do Exército da Rússia em ação na Ucrânia

O exército russo destruiu na região de Mykolaiv um arsenal com 45 mil toneladas de munições recentemente enviadas pela NATO para a Ucrânia e abateu mais de 300 militares, de acordo com informações do Ministério da Defesa da Rússia.

“Foi destruído um arsenal na localidade de Voznesensk, região de Mykolaiv, que armazenava 45 mil toneladas de munições fornecidas ao exército ucraniano pela NATO”, declarou o porta-voz da Defesa russo, Igor Konashenkov, citado pela EFE.

De acordo com as autoridades russas, a aviação do país provocou ainda mais de 300 baixas entre os defensores ucranianos.

“A consequência de um ataque da Força Aérea da Rússia contra um local temporário de unidades da 72.ª brigada mecanizada numa empresa agropecuária da cidade de Artyomovsk, no Donetsk, foram aniquilados até 130 militares e oito veículos e blindados”, adiantou Konashenkov.

Acrescentou ainda que “depois de um ataque com mísseis de alta precisão” contra a 95.ª brigada de desembarque e assalto do exército ucraniano na localidade de Dzerzhinsk foram aniquilados até 70 militares”, tendo ainda sido destruídas três peças de artilharia e três veículos.

A Defesa russa adiantou ainda que na região de Jarkov, no este da Ucrânia, a Força Aérea russa abateu mais de 100 efetivos da 3.ª brigada da Guarda Nacional da Ucrânia no território de uma central termoelétrica.

“Devido às elevadas perdas, o regime de Zelensky presidente ucraniano toma medidas para reforçar as tropas no Donbass”, disse Konashenkov.

De acordo com o responsável russo, isto obrigou as autoridades ucranianas a enviar para a frente de combate civis recentemente mobilizados que se estreavam na 72.ª brigada mecanizada da cidade de Bila Tserkva, no sul da capital Kiev.

Responsável da AI em Kiev demite-se

A representante da Amnistia Internacional na Ucrânia anunciou a sua demissão, alegando que um relatório da organização a acusar as forças armadas ucranianas de colocarem civis em perigo serviu involuntariamente de “propaganda russa”.

“Demito-me da Amnistia Internacional na Ucrânia”, afirmou Oksana Pokaltchouk, num comunicado publicado este sábado na rede social Facebook.

O relatório, divulgado na quinta-feira, alertava que as forças ucranianas colocam em perigo a população civil quando estabelecem bases militares em zonas residenciais e lançam ataques a partir de áreas habitadas por civis.

As forças ucranianas põem civis em perigo quando montam bases e operam sistemas de armas “em zonas habitadas por civis, incluindo em escolas e hospitais, para repelir a invasão russa que começou em fevereiro”, refere a organização no documento, acrescentando que essas táticas violam o direito internacional e tornam zonas civis em objetivos militares contra os quais os russos retaliam.

A organização ressalvou, no entanto, que esta atuação não justifica os ataques indiscriminados da Rússia, que mataram mais de cinco mil civis, de acordo com as Nações Unidas.

Esta crítica irritou Kiev, tendo o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, afirmado “estar indignado” com as acusações “injustas” avançadas pela Amnistia Internacional, enquanto o Presidente, Volodymyr Zelensky, considerou que a organização estava a “tentar amnistiar o Estado terrorista russo”.

Na sexta-feira, a Amnistia reiterou a conclusão, defendendo o relatório e as suas críticas. “Se não se vive num país invadido por ocupantes que o dividem, provavelmente não se entende o que é condenar um exército de defensores”, argumentou a representante da Amnistia na Ucrânia.

Oksana Pokaltchouk / Facebook

Oksana Pokaltchouk, representante da Amnistia Internacional em Kiev

Oksana Pokaltchouk adiantou ter tentado convencer a administração da Amnistia Internacional de que o relatório era parcial e de que não levava em conta as opiniões do Ministério da Defesa ucraniano.

Segundo referiu, a Amnistia acabou por “enviar perguntas ao Ministério da Defesa” da Ucrânia, mas “deu muito pouco tempo para uma resposta”.

Por isso, “a organização divulgou um relatório que parecia involuntariamente apoiar a versão russa. Num esforço para proteger os civis, este relatório tornou-se numa ferramenta de propaganda russa”, lamentou.

Numa mensagem publicada anteriormente no Facebook, Pokaltchouk afirmou que a Amnistia ignorou os pedidos da sua equipa para não publicar o relatório.

A secretária-geral da organização, Agnès Callamard, assegurou, na sexta-feira, que as conclusões do relatório foram “baseadas em provas obtidas durante investigações de larga escala sujeitas aos mesmos padrões rigorosos e processo de verificação de todo o trabalho da Amnistia Internacional”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. É mais que evidente que a “inteligência” ucraniana está a usar os civis – fábricas, escolas, hospitais, residenciais e instalações portuárias – como escudo para esconder armamento e munições para o conflito. Pura cobardia, mas quem, no Ocidente se importa, realmente com as baixas civis exceto como propaganda estatística? Os russos terão destruído 45 000 toneladas de armamento? Que bom para a indústria de guerra ocidental, assim já podem enviar o dobro para substituição. E ao povo ucraniano, que pouco tem a ver com isto, resta esconder-se, morrer ou fugir.

  2. A Amnistia Internacional sempre foi liderada pelos Comunistas.
    A AI devia era fazer um relatório a aconselhar a Rússia invasora a abandonar a Ucrânia e a acabar com o genocídio hitleriano, que deixavam de morrer tanto russos como ucranianos. É que também têm morrido russos e desses a mãe pária não fala. É que também tem sido destruído armamento russo e desse a mãe pária não fala. Já não convencem ninguém!

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