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Rússia começa a libertar activistas da Greenpeace

ABr

Acção da Greenpeace Brasil pela libertação dos 30 do Ártico

Acção da Greenpeace Brasil pela libertação dos 30 do Ártico

As autoridades russas começaram esta terça-feira a retirar as acusações contra os “Artic 30”, as 30 pessoas que participaram num protesto da Greenpeace no Oceano Ártico.

Os 28 ativistas e dois jornalistas freelancer foram presos em setembro, quando realizaram uma manifestação no mar, abordando uma plataforma petrolífera russa. Foram acusados de vandalismo e aguardavam o processo em liberdade, sob fiança.

No entanto, a semana passada o governo russo anunciou uma amnistia a diversas pessoas envolvidas em acusações de cariz político – o que contemplou não só os activistas da Greepeace, como também o milionário russo Mikhail Khodorkovsky (que passou dez anos na prisão por evasão fiscal e roubo) e as cantoras do grupo punk Pussy Riot.

A ampla amnistia aprovada pelo Parlamento russo abre caminho para que 20 mil pessoas sejam libertadas.

BBC

Ana Paula Maciel, jornalista brasileira, presa na Rússia com os "30 do Ártico"

Ana Paula Maciel, jornalista brasileira, presa na Rússia com os “30 do Ártico”

Entre os ativistas da Greenpeace está a brasileira Ana Paula Maciel. Ainda não há informações sobre se as acusações contra Ana Paula já foram retiradas, mas todos os envolvidos devem ser contemplados pela medida.

A Greenpeace noticiou esta terça-feira que um dos seus ativistas recebeu a informação de que as acusações contra ele tinham sido retiradas. A organização espera que isso aconteça agora com os restantes.

A porta-voz russa da Greenpeace, Maria Favorskaya, revelou à agência de notícias France Presse que três pessoas também receberam a mesma informação.

Dos 30 acusados, 26 eram estrangeiros, de 16 países diferentes. O Greenpeace informou que poderão deixar a Rússia assim que receberem vistos, uma vez que não possuem documentos corretos para permanecer no país, sendo necessário um visto de saída para poder deixar a Rússia.

“Sabemos que receber estes carimbos seria o melhor presente de Natal para os ‘30 do Ártico‘, e esperamos que isso aconteça em breve, mas até isso acontecer não conseguimos precisar quando eles poderão sair”, disse a Greenpeace, em nota à imprensa.

O navio da organização – o Arctic Sunrise – continua apreendido. Os ativistas chegaram a ser indiciados por pirataria – crime que prevê penas mais duras – mas as acusações foram abandonadas.

Salvatore Barbera / wikimedia)

Artic Sunrise, o emblemárico navio da Greenpeace

Artic Sunrise, o emblemárico navio da Greenpeace

ZAP / BBC

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