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Rui Rio é o novo líder do PSD

Fernando Veludo / Lusa

De acordo com os primeiros resultados, os militantes do PSD deram hoje, nas eleições diretas, a vitória ao antigo autarca do Porto, que disputou o lugar com o ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

De acordo com os resultados preliminares das eleições diretas, o novo líder social-democrata será Rui Rio, que sucede a Pedro Passos Coelho.

Quando estavam apuradas 156 mesas de voto e havia 168 por apurar, Rui Rio liderava com 60% e 8.415 votos. Santana tinha 40% e apenas cinco mil votos.

No concelho de Lisboa, um dos resultados mais esperados — onde Rui Rio tinha um forte apoio –, Santana Lopes, que já presidiu ao município, ganhou por poucos votos com 1.124 militantes a votar no lisboeta e 1.070 a votar no portuense.

Por outro lado, no Porto, e como já era esperado, foi Rui Rio a ganhar. O ex-presidente da Câmara portuense somou 4.571 votos contra os 3.311 de Santana Lopes. Em todo o distrito, Santana venceu apenas nos concelhos da Trofa e de Lousada.

À saída da sede distrital do partido no Porto, depois de votar, o candidato a líder do PSD tinha considerado que o partido está “mais mobilizado” e em melhores condições “de se relançar” do que “há dois ou três meses”. “Estas eleições revitalizaram o partido e isso é importante”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre a grande afluência às urnas, Rio defendeu que isso é prova de “que as eleições diretas são positivas” apesar de darem “muito mais trabalho”.

“Esta participação dos militantes é o que dá vida ao partido. Antigamente era um congresso. Havia um fim de semana que era uma festa, mas não passava de um fim de semana. Agora não, houve uma participação muito maior”, disse, defendendo, contudo, que estas eleições “não são de vida ou de morte”.

Sobre o futuro, o ex-presidente da Câmara Municipal do Porto defendeu que “vai ser fácil manter o partido unido”. “Do meu ponto de vista e do ponto de vista do meu adversário, não há problema nenhum. Não tenho qualquer problema com ele e ele não tem qualquer problema comigo. O relacionamento que tínhamos no passado é o relacionamento que temos hoje”, afirmou. “E espero que entre os apoiantes seja a mesma coisa”, afirmou.

Passos Coelho sai de bem “consigo e com os outros”

“Saio de bem comigo e de bem com os outros. ” Foi assim que Pedro Passos Coelho respondeu aos jornalistas que o questionaram sobre o fim de uma liderança de oito anos.

“Há pessoas que saem arreliadas, às vezes frustradas por acharem que deixaram muito por fazer ou fizeram mal – no fundo, quando se arreliam muito com os outros é com elas próprias que estão arreliadas — e não é o meu caso. Não quer dizer que tenha feito tudo bem, não há ninguém que faça sempre tudo bem, mas saio de bem comigo e de bem com os outros”, afirmou.

Quanto ao futuro mais imediato, o ex-primeiro-ministro diz que por agora não estará obviamente na linha da frente da intervenção partidária. Mas ressalvou: “Tenho 53 anos, tenho muita coisa para fazer na vida“.

ZAP //

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