Rui Rangel suspeito de “angariar clientela”

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António Pedro Santos / Lusa

O juíz desembargador Rui Rangel

O procurador-geral adjunto Paulo Sousa põe Rui Rangel no centro de um esquema de fraude, corrupção e troca de influências.

A tese do procurador-geral adjunto Paulo Sousa põe Rui Rangel como o centro de um grupo de pessoas que, nos últimos anos, se dedicou à “angariação de clientela” para o magistrado do Tribunal da Relação de Lisboa.

O procurador Paulo Sousa aponta Rui Rangel como o “principal suspeito nos autos”, e indica que este se “encontrará associado a um conjunto de indivíduos que, numa conjugação de esforços e intentos, comparticipam no desenvolvimento da atividade ilícita”, refere o mandado.

O documento acrescenta que essa atividade poderia ocorrer ao nível da “angariação de clientela para a prestação de serviços de alegada influência junto de decisores judiciais” ou para aquilo que o Ministério Público designou por “serviços jurídicos diversos”.

De acordo com a Sábado, é neste último ponto que entram os advogados José Santos Martins, Jorge Barroso e João Rodrigues e o funcionário judicial do Tribunal da Relação de Lisboa Octávio Correia, como os principais suspeitos de associação a Rangel.

Os outros suspeitos fariam parte da “dissimulação dos ganhos“: o mesmo Santos Martins e o seu filho, Bernardo Santos Martins, a juíza desembargadora Fátima Galante, Rita Figueira e o seu pai, Albertino Figueira, e Bruna Amaral.

Na justificação para o pedido de buscas, Paulo Sousa refere ainda que o juiz desembargador desenvolveu “uma atividade remunerada de prestação de serviços jurídicos de natureza privada – principalmente para clientes africanos e indivíduos de nacionalidade portuguesa arguidos em processos crime pendentes em tribunais sob a alçada decisória do Tribunal da Relação de Lisboa – incompatíveis com o cargo de juiz“.

Além disso, Rui Rangel é ainda suspeito da prática de crimes no exercício das funções de juiz. O Ministério Público alega existir a suspeita de que o desembargador “manterá acordos com terceiros, tendo como objetivo a promessa da prática de atos de natureza ilícita levados a cabo no exercício das respetivas funções como juiz de direito” a troco de vantagens patrimoniais.

Este segmento da investigação, como o próprio procurador admitiu, ainda está a dar os primeiros passos, já que será necessário cruzar a “listagem da clientela com os processos distribuídos aos suspeito”.

O Ministério Público suspeita ainda que Octávio Correia, oficial de justiça do Tribunal da Relação de Lisboa, tenha influenciado a distribuição de processos na Relação de Lisboa, que, por regra, é feita por sorteio.

No entanto, o Ministério Público não pediu a suspensão de funções do oficial de justiça.

ZAP //

8 Comments

  1. Este senhor Juiz deve fazer parte da “camaradagem” retornada que tomou conta do poder após ter sido “espoliada” dos “seus” pertences em África. Andam por cá a exercer a “vingança” geracional. Percebo-os !!!

    • és pouco estúpido, a falares assim sem saber e a dar tiros para o ar (a relacionar com proveniências), só podes ser uma coisa: frustado e incompetente, quiçá frustado, incompetente e desonesto. Nem todos são como tú (desculpe … você, que não quero nada consigo)
      as pessoas se são desonestas, chame-as pelo nome, e não generalize, pois aí estará a meter no saco inocentes que nada têm a haver coma situação, e quantas vezes até serão vítimas dessa situação que estára a aventar, ou de outras do tipo
      e já agora, cure-se dessa azia intelectual e defeito de percepção e capacidade de analisar as pessoas, apenas pela proveniência, pois a realidade observada, não é nada o que você de uma forma quasi-velada escreveu acima.
      passe bem

    • Que eu saiba os actos ilícitos não são todos da autoria dos tais “espoliados de África ”
      Pôr todos no mesmo saco não deixa de ser uma afronta insensata.
      Sugiro ponderação nos ditos e dixotes que profere.

  2. Estao mas eh eh com muita inveja da “actividade remunerada para clientes africanos” e tornaram a coisa bem preta pro coitado do Rangel que nao vai poder desfrutar dos caviares, champagnes, lagostas, presuntos do porco preto, da life bueh da good que tinha, pois os invejosos deram-lhe cabo do canastro, ops! ou do cadastro? Bem, os invejosos precisam verificar se realmente existe um clube, o Clube da Justissa (sim editor, com dois SS) e se nesse clube tambem foi parar o processo das aguas celulosas do Tejo…

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