O presidente da Câmara do Porto sugeriu, esta sexta-feira, ao ministro das Infra-estruturas que acabe com as quatro rotas da TAP a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro que dão prejuízo.
Esta quinta-feira, numa audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no Parlamento, o ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que as quatro rotas criadas no aeroporto do Porto – para Amesterdão, Milão, Zurique e Ponta Delgada – estão com “46% da lotação em média” e são, “neste momento, um prejuízo para a TAP“.
“Pelos vistos, são as quatro rotas do Porto que dão prejuízo à TAP. As rotas de Lisboa darão lucro. A nova rota Lisboa/Bilbau deve ser um must em termos de rentabilidade e importantíssima para uma estratégia nacional. Promover visitas ao Guggenheim basco é top. Mas, senhor ministro, são boas notícias”, ironizou o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, numa publicação na sua página no Facebook.
Reagindo às declarações de Pedro Nuno Santos, Moreira sugere parar com as quatro rotas do Porto e a incorporar a TAP na Carris ou na Soflusa.
“Se são as quatro rotas do Porto que dão prejuízo, pare com elas. Mas, por favor, incorpore a TAP na Carris ou na muito rentável Soflusa. Nós não nos importamos, havemos de encontrar uma solução. Para Lisboa é ótimo: fica com a TAP que, sem o prejuízo do Porto, deixa de ser um perdócio”, lê-se na mesma publicação, intitulada “As boas notícias da TAP”.
E acrescentou: “Para o resto do país – para a província em que alegremente nos incluímos – é uma maravilha, porque a TAP deixa de nos custar dinheiro“.
No Parlamento, o ministro revelou ainda que está a ser estudado o reforço da frota da TAP Express/Portugalia para operar a partir de Porto e Faro para outros aeroportos da Europa, em “ligações ponto a ponto”, para tentar que a TAP seja “mais competitiva”, nomeadamente face às companhias aéreas low-cost.
Pedro Nuno Santos anunciou também que irão sair 1600 trabalhadores do grupo TAP até ao final do ano, tendo já saído 1200 colaboradores. “Não podemos manter emprego que depois não tem trabalho”, rematou.
// Lusa