Rui Moreira não declarou “interesse explícito” na Selminho

Rui Moreira / Facebook

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira

O caso Selminho continua a embaraçar Rui Moreira e, desta feita, porque o presidente da Câmara do Porto não terá revelado, em nenhuma das três declarações de rendimentos entregues no Tribunal Constitucional, que detinha “interesse explícito” na imobiliária que está em litígio com a autarquia da Invicta.

Este dado é avançado pelo Diário de Notícias (DN) que refere que, nas três declarações de rendimentos entregues no Tribunal Constitucional, Rui Moreira só referiu ter uma participação na Morimor, SGPS, SA, empresa que detinha 95% da Selminho que é propriedade da mãe e de sete irmãos do autarca.

O jornal refere que Rui Moreira declarou, simplesmente, ter acções ou participações na Morimor Prestação de Serviços, na Expoconser – Exportadora de Conservas, na Essência do Vinho Brasil – Organização de Eventos, SA, e na tal Morimor, SGPS, SA.

A Selminho mantém com a autarquia um conflito desde 2005 e Rui Moreira nunca declarou ao Tribunal Constitucional ter “interesse explícito” na imobiliária, por via da participação na Morimor, conforme sustenta o DN.

Entretanto, o jornal refere que a Morimor foi dissolvida nesta segunda-feira, tendo os respectivos activos passado para os accionistas. Assim, esta decisão faz com que Rui Moreira tenha agora, uma participação direta de 17.812,50 euros na Selminho, de acordo com o mesmo jornal.

Em reacção a estes dados, uma fonte do Gabinete de Comunicação de Rui Moreira nota ao DN que este “não tinha, em 2013, qualquer participação directa na empresa e nunca fez parte dos seus órgãos sociais”, quando enviou ao Tribunal Constitucional a declaração de rendimentos.

O porta-voz do autarca acrescenta ainda que “se tivesse declarado que era sócio da Selminho teria mentido ao Tribunal”.

A mesma fonte recorda que Rui Moreira nunca escondeu publicamente a associação familiar à imobiliária e que manifestou o seu impedimento para intervir na decisão do conflito. “Logo, quer a declaração do Tribunal Constitucional, quer todas as declarações públicas, são verdade e inatacáveis“, aponta o Gabinete de Comunicação do presidente da Câmara do Porto.

ZAP //

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