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RTP recua e assegura frente-a-frente entre Tino de Rans e restantes candidatos

Fernando Veludo / Lusa

Tino de Rans

A RTP vai alargar a sua grelha de debates televisivos de forma a incluir Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, em debates com os restantes seis candidatos a Belém.

Depois de o presidente do partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) ter sido deixado de fora dos 15 debates originalmente agendados, o diretor de informação da RTP, António José Teixeira, adiantou ao Público que Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, será incluído nos debates com os restantes seis candidatos.

A decisão deverá ser conhecida ainda esta terça-feira e aumentará o número de debates de 15 para 21, uma vez que a entrada de Vitorino Silva acrescentará mais seis debates aos já previstos.

“Todos os candidatos terão oportunidade de debater com todos os candidatos na RTP”, assegurou António José Teixeira em resposta ao diário. “Em circunstância alguma, [a RTP] deixará de marcar a diferença, pela positiva, no alargamento do debate público.”

O presidente do RIR tinha sido excluído dos debates na RTP, SIC e TVI. Apesar de a candidatura ter sido legitimada pelo Tribunal Constitucional, as televisões argumentaram que tinham decidido descartar o candidato presidencial com base em critérios editoriais.

A RTP recuou agora na sua decisão e, se nenhuma das outras estações mostrar disponibilidade, a RTP vai assumir a transmissão dos seis frente-a-frente com o candidato.

A calendarização dos debates será conhecida nos próximos dias.

A decisão surge após vários candidatos terem lamentado a exclusão de Vitorino Silva, que conseguiu 3,28% dos votos nas últimas eleições presidenciais. Marcelo Rebelo de Sousa, Marisa Matias, Ana Gomes, João Ferreira e Tiago Mayan Gonçalves disponibilizaram-se a debater com o candidato e alguns apelaram aos três canais que reavaliassem a decisão.

Uma vez que o calendário dos debates arranca a 2 de janeiro e termina no dia 9, as televisões podem aplicar critérios editoriais que não impliquem tratamento absolutamente igualitário entre todas as candidaturas, isto porque a campanha oficial só arranca a 11 de janeiro.

Liliana Malainho, ZAP //

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