A partir de dezembro, todos os rótulos dos alimentos têm de ter a informação nutricional e a lista de ingredientes completas, uma medida que, a prazo, deverá ter impacto positivo na saúde dos consumidores, segundo a bastonária dos nutricionistas.
Estas novas regras de rotulagem nutricional, que entram em vigor em dezembro, emanam de uma orientação europeia e, na opinião de Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, poderá trazer benefícios para o consumidor, porque passa a ser obrigatória a rotulagem nutricional.
“Esperamos um impacto positivo na saúde dos consumidores, com informação mais clara, precisa e objetiva. Acreditamos que os consumidores possam fazer escolhas mais acertadas e, eventualmente, a longo prazo e mais esclarecidos, possam fazer a substituição de alimentos menos saudáveis para mais saudáveis”, disse a bastonária à Lusa.
A responsável sublinhou, a propósito, que “a maior parte das doenças de que padecemos resulta da alimentação“.
Um dos exemplos referidos por Alexandra Bento é a descrição da quantidade de sal presente nos alimentos, que atualmente aparecem sob a forma de sódio,
“Sódio é sal, mas nem toda a gente sabe disso. Não devemos exceder cinco gramas de sal por dia. Ao passar a estar descrito sal, o consumidor pode ter um olhar mais atento e perceber se é muito ou pouco”, explicou.
Toda a outra informação – valor energético, lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal – terá de estar obrigatoriamente indicada nos rótulos de todos os alimentos.
Outra questão “muito relevante” é que os produtos alergénios passam a constar, especificados, na listagem de ingredientes, e não apenas sob a forma genérica de “pode conter vestígios”, como acontece atualmente, acrescentou.
Outra obrigatoriedade é a da indicação da data de congelação da carne, produtos à base de carne e produtos de pesca congelados.
A Ordem dos Nutricionistas está a considerar a possibilidade de aproveitar a saída do regulamento para promover ações de formação e elaboração de guias de orientação para operadores – indústria, distribuição e restauração – e público em geral.
Alexandra Bento reconhece que os operadores já têm mais informação e conhecimento sobre o assunto, mas em relação aos consumidores acredita que será importante “aumentar a literacia” em relação às rotulagens.
A dimensão dos caracteres também foi alvo de correção, passando a ser obrigatória uma dimensão mínima para facilitar a leitura dos rótulos.
A nova legislação contém ainda normas para a venda à distância, as vendas on-line, para “estar adequada aos dias de hoje”.
/Lusa
Nao vejo na noticia qualquer referencia a duas informacoes essenciais nos rotulos dos produtos alimentares: (1) a ORIGEM e (2) a indicacao se contem ou nao ingredientes GM (geneticamente modificados). Se as novas regras nao contemplam estes dois aspectos, sao notoriamente insuficientes.
Excelente medida. Mais informação é sempre boa ideia. Obrigado pelo bom trabalho.
Mais uma norma perfeitamente idiota que só servirá para dificultar a vida aos motores da nossa economia. Enquanto no nosso País as entidades fazem questão de implementar estas normas inúteis que o consumidor simplesmente não utilizam, nos outros Países da UE elas são ignoradas de forma a facilitar a expansão das suas marcas! Uma cretinice!!!
E a origem do produto. Essa sim é importante. Porque o código de barras 560 nem sempre significa ser nacional. E rotular os produtos com o rotulo de trangénicos, acho que temos o direito de saber se o são ou não.