No domingo, uma mulher morreu depois de ter sofrido queimaduras durante uma cirurgia, na capital da Roménia. O hospital considerou a morte como um “acidente”.
A paciente deu entrada no dia 22 de dezembro, domingo, no hospital Floreasca, em Bucareste, para uma operação relacionada com um cancro do pâncreas. Segundo conta a BBC, antes da cirurgia, a equipa médica aplicou um desinfetante à base de álcool na mulher e, durante o procedimento, utilizaram um bisturi elétrico.
Quando entrou em contacto com a substância, o instrumento provocou uma ignição que acabou por incendiar o corpo da paciente. A vítima sofreu queimaduras em 40% do corpo e acabou por falecer uma semana depois. As autoridades de Bucareste abriram uma investigação ao caso.
A família da vítima contou ao matutino que nunca foi informada sobre a “gravidade da situação” ou o que tinha realmente acontecido na sala de operações. De acordo com o Público, a família só foi informada sobre a ocorrência de um “acidente” durante a cirurgia.
“Descobrimos alguns dos detalhes através da imprensa. Não estamos a acusar ninguém, apenas queremos perceber o que aconteceu”, disseram familiares da paciente, citados pela BBC.
Em comunicado, Victor Costache, ministro da Saúde romeno, prometeu “fazer tudo o que for possível para descobrir a verdade”. “Esperamos aprender com este episódio perturbador.”
“Os cirurgiões deveriam estar cientes de que é proibido usar um desinfetante à base de álcool durante procedimentos cirúrgicos realizados com um bisturi elétrico”, acrescentou Horatiu Moldovan, ministro-adjunto romeno.