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Caso Roger Stone. Ex-consultor de Trump condenado a 40 meses de prisão

O ex-consultor do Presidente dos Estados Unidos foi condenado, esta quinta-feira, a mais de três anos de prisão, apesar da interferência do procurador-geral para reduzir a recomendação de sentença.

Um tribunal federal condenou o ex-consultor de Donald Trump a 40 meses de prisão efetiva, por ter mentido ao Congresso e ter coagido testemunhas durante a investigação do procurador especial Robert Mueller à interferência do Governo russo nas eleições presidenciais de 2016.

Inicialmente, os procuradores norte-americanos pediram uma pena entre sete e nove anos para Roger Stone, alegando a gravidade das acusações.

Contudo, dias depois, na sua conta pessoal do Twitter, o Presidente norte-americano criticou a decisão judicial, dizendo que a pena pedida era excessiva e considerando que outras pessoas tinham mentido ao Congresso sem terem sido sujeitas a tão fortes penalizações.

Logo de seguida, o Departamento de Justiça, que responde perante a Casa Branca, veio anunciar que iria reduzir o pedido da pena, provocando fortes críticas dos adversários políticos de Trump, acusando o Presidente de interferência num processo judicial.

Trump respondeu que não interferiu no processo de Roger Stone, lembrando que não tinha falado no assunto com o Procurador Geral, William Barr, e dizendo que, contudo, o Presidente dos EUA tem legitimidade para interferir, “se assim o entender”.

Também William Barr veio dizer que o tweet de Trump não tinha provocado qualquer efeito na decisão do Departamento de Justiça, mas reconheceu que, com as suas mensagens nas redes sociais, o Presidente estava a tornar o seu trabalho “impossível”.

Hoje, a juíza federal Amy Jackson, disse que os crimes de Roger Stone exigiam um “tempo significativo” atrás das grades, aplicando uma pena de 40 meses. Jackson condenou ainda Stone a uma multa de 20 mil dólares (cerca de 19 mil euros).

Os advogados de Stone, alegaram os 67 anos do arguido e a sua débil saúde para pedirem uma sentença de liberdade condicional, recordando ainda que não existiam antecedentes criminais.

Em Washington, a oposição democrata especula sobre se Trump irá conceder um perdão presidencial a Roger Stone, que colaborou com a sua campanha em 2016, sendo uma das peças essenciais na angariação de fundos.

O tribunal provou que Stone mentiu ao investigador Robert Mueller sobre o real envolvimento da equipa de Trump com o Governo russo, durante a fase de campanha eleitoral de 2016.

// Lusa

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