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“Rochas vivas” da Roménia parecem crescer, mover-se e multiplicar-se

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Nicubunu / Wikimedia

Trovants ou “rochas vivas” da Roménia.

As “rochas vivas” da Roménia parecem crescer, mover-se e multiplicar-se. O fenómeno geológico ainda fascina muitos cientistas.

Na pequena aldeia de Costești, na Roménia, há um par de rochas que são especiais. Ao contrário daquilo que esperaríamos das típicas pedras, estas parecem crescer e mover-se como se fossem seres vivos. São conhecidas como “rochas vivas”.

As rochas de Costești são um tipo de concreção de arenito que por vezes liberta cimento. Elas têm um núcleo de pedra com uma casca externa de areia.

A explicação para o fenómeno ainda não é universalmente aceite. Depois de chuvas fortes, acredita-se que a água reage com o seu conteúdo mineral, fazendo com que o seu interior vaze, dando a impressão de que a rocha está a crescer.

Não é propriamente algo que se possa ver a olho nu. Estima-se que as rochas “cresçam” menos de 5 centímetros ao longo de 1.200 anos.

Conhecidas localmente como “trovants”, as rochas “são basicamente de forma ovoide ou esférica, embora possam ocorrer numa grande variedade de formas”, explicou Florin Stoican, co-gerente do Parque Nacional Buila-Vanturarita.

“A sua história é bastante simples. Há 7 milhões de anos havia um delta onde fica a atual pedreira. Este delta continha sedimentos, arenito e siltito em particular, acumulados e transportados de todo o continente por um rio pré-histórico. Posteriormente, várias substâncias minerais dissolveram-se em soluções que circularam por esta bacia de cascalho e areia”, acrescentou, citado pela IFLScience.

Quando os trovants são cortados têm anéis esféricos e elipsoidais, semelhantes aos encontrados no tronco de uma árvore.

Por causa destas fascinantes “rochas vivas”, Costești tornou-se uma atração turística para a Roménia. Para proteger as rochas, a Reserva Natural do Museu Trovants foi criada no condado de Valcea em 2004 e agora é protegida pela UNESCO.

ZAP //

1 Comment

  1. Portugal possui um fenómeno semelhante, que é, até, mais evidente e espectacular: as “Pedras parideiras”, que “dão à luz” pedras menores…. A diferença é Portugal não saber reconhecer e promover as coisas fascinantes que possui…

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