Uma equipa de cientistas da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, desenvolveu o PATRICK, um robô subaquático autónomo que replica artificialmente a estrutura e o comportamento do ophiura, um invertebrado marinho muito parecido com uma estrela do mar.
O objetivo da equipa da universidade norte-americana era criar um robô flexível para missões subaquáticas simples e que ajudasse os cientistas a entender o comportamento da ophiura e o seu comportamento debaixo de água.
Para ser o mais fiel possível à estrela marinha, os cientistas entenderam que o robô não devia estar conectado a qualquer software externo, de modo a permitir que o equipamento se movesse mais livremente.
Graças a um controlo de retroalimentação, o robô escolhe a direção que deve tomar para atingir o seu objetivo e determina os atuadores ativos com base nessa mesma direção.
De acordo com o portal EurekAlert, PATRICK conta com cinco pontas alimentadas por bobinas de SMA (shape-memory alloy), um tipo de metal com várias propriedades vantajosas, incluindo alta flexibilidade à temperatura ambiente. Quando está ligado à corrente elétrica, o metal SMA aquece rapidamente e retorna à forma original.
“Usamos estas bobinas que mudam de forma para replicar uma espécie de músculo, fazendo com que as pernas do robô se dobrem nas direções desejadas”, explicou Zach Patterson, um dos investigadores que participou no estudo. Os resultados estão disponíveis no arXiv.
O robô é composto por silicone, um material que o torna altamente flexível e impermeável. “Para controlar o PATRICK, desenvolvemos várias primitivas de movimento: padrões específicos de forma coordenada que alternam entre os membros e movem o robô como um todo”, explicou o investigador ao Tech Explore.
Este robô autónomo de rastreamento suave subaquático pode ter inúmeras aplicações: além de poder ser usado em explorações geológicas, poderá obter ainda amostras ecológicas ou biológicas invasivas e ajudar no estudo dos mecanismos de locomoção da ophiura.