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Chama-se Robin, é um robô e visita hospitais para ajudar as crianças a sentirem-se melhores

Uma simples visita de um robô controlado por humanos encoraja uma perspetiva positiva e melhora as interações médicas das crianças hospitalizadas.

Robin é um robô que se move, fala e brinca com as crianças enquanto é controlado remotamente por humanos. A máquina tem percorrido os corredores do Hospital Infantil Mattel da UCLA e os resultados são muito positivos.

Em comunicado, citado pelo EurekAlert, Justin Wagner, cirurgião pediátrico do Hospital Infantil Mattel da UCLA, explicou que a sua equipa “demonstrou que um robô companheiro social pode ir muito além das conversas em vídeo”, de forma a tornar um hospital um ambiente menos stressante.

“Os nossos pacientes sentem-se ansiosos e vulneráveis de várias formas, pelo que é fundamental que sejamos o mais criativos possível para facilitar as suas experiências quando precisam da nossa ajuda”, acrescentou o especialista.

Robin tem cerca de 1,2 metros de altura e pode mover-se, falar e brincar com as crianças. Segundo o IFL Science, o “corpo” conta com um ecrã no topo – uma espécie de cabeça – que mostra diversas expressões faciais.

Durante o período de estudo (de outubro 2020 até abril de 2021), o robô visitou as crianças durante sessões de uma hora. Os resultados foram comparados com os da utilização de um tablet, usado para conversas em vídeo, um método que se tornou muito comum nos hospitais numa altura em que a pandemia dá tréguas, mas não cessa.

O estudo mostrou que era “extremamente provável” que 90% dos pacientes pedissem uma segunda visita a Robin, o que sugere que o amigo robotizado teve uma resposta esmagadoramente positiva.

Além disso, registou-se um aumento de 29% no efeito positivo (descrito como a tendência para encarar o mundo de uma forma positiva) após a visita de Robin, e uma diminuição de 33% no efeito negativo.

As melhorias de humor nas crianças pareciam afetar os trabalhadores do hospital e as famílias, o que significa que Robin é uma opção muito melhor, se comparado com as atuais formas de visitas remotas.

O estudo foi apresentado na Conferência Nacional American Academy of Pediatrics (AAP).

Liliana Malainho, ZAP //

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