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“Sem manhas”. Evocando Sá Carneiro, Rio diz que só tem uma forma de fazer política

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António Pedro Santos / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta sexta-feira que aquilo de que Portugal mais precisa é de “uma personalidade vincada idêntica” à de Sá Carneiro, e recusou estar na política “com manha e hipocrisia”.

Numa sessão de perguntas e respostas na Guarda, que o PSD tem designado de ‘talk’, o tema de Tancos não foi abordado pelo líder do PSD – apenas pelo cabeça de lista local, Carlos Peixoto -, mas Rui Rio defendeu que a principal reforma necessária na política é a mudança de postura.

“A postura da hipocrisia, a postura do politicamente correto, a postura manhosa, nós estarmos na política com hipocrisia, com manha, falsidade e dizer apenas aquilo que todos queremos ouvir e sabemos que não é verdade é profundamente descredibilizador”, disse.

O líder do PSD admitiu que uma outra via pode ser arriscada, mas é “a única que é capaz de fazer”. “O politicamente correto, a hipocrisia, não sei fazer bem. Se fosse para continuar assim, não seria o melhor protagonista, só se for para dizer o que penso, mesmo sujeito a ter um batalhão de comentadores do politicamente correto contra mim”, assegurou.

Rio considerou que “não é por acaso que se assistem a tumultos internos no partido”, dizendo que se deve “estar a mexer na forma” de funcionamento do partido e de estar na vida política.

A sessão de campanha decorreu no Cineteatro da Guarda, local escolhido por ter sido onde o fundador do PSD, Francisco Sá Carneiro, fez o primeiro comício na cidade, antes de ser primeiro-ministro, e Carlos Peixoto não resistiu à comparação.

“Dizem que a história não se repete, mas nós queremos que a história se repita (…) temos esperança, temos confiança de fazer de si desde a Guarda primeiro-ministro de Portugal”, afirmou, destacando a “hombridade, decoro e princípios” que considera caracterizar os dois líderes do PSD.

À entrada, uma exposição homenageava precisamente Sá Carneiro, representado numa figura em cartão quase em tamanho real, que muitos aproveitaram para tirar fotografias.

Rui Rio não rejeitou a comparação: “A carga política que eu quero trazer para o PSD é a carga política do PPD, aquilo que era a política do mais genuíno que havia e que o doutor Sá Carneiro a todos nos ensinou”. “É exatamente aquilo de que Portugal mais está a precisar é uma personalidade vincada idêntica aquela que tinha o doutor Francisco Sá Carneiro”, defendeu.

Líder da distrital menciona Tancos

O líder da distrital da Guarda considerou que, quer com Sá Carneiro quer com Rui Rio, não se passaria em Portugal um caso como o de Tancos, salientando que o processo já não está em segredo de justiça.

“Há uma troca de mensagens em que o anterior ministro assume que tinha conhecimento da ‘encenação’, assume que sabia que as armas iam aparecer e que ia ao parlamento mentir. O que é que o primeiro-ministro diz de um ministro da Defesa que escolheu e que mente aos portugueses e mente ao parlamento?”, questionou o cabeça de lista.

Numa sessão de perguntas de mais de uma hora, e em que voltaram a ser repetidas questões sobre temas como a saúde, descentralização e economia, Rio deixou ainda um ataque ao PS em matéria de pensões.

“Quando o PS vem dizer que se o PSD ganhar lá vêm cortes nas pensões, não é honesto do ponto de vista político, porque sabe que isso não é verdade”, criticou, assegurando que se os sociais-democratas vencerem as eleições “aplicarão a lei” e as pensões subirão, umas à taxa da inflação e outras acima.

Em 2015, a coligação PSD/CDS-PP elegeu dois dos quatro deputados escolhidos pela Guarda, círculo que nestas legislativas perdeu um deputado, e Carlos Peixoto assumiu como meta manter ambos.

// Lusa

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4 Comments

  1. Este Tartufo da Foz é um naufrago agarrado a qualquer que apareça ou que provoque, para se aguentar à tona.
    Se há pessoa que não tem o mínimo de ética é Rui Rio.
    Leiam a história política deste senhor e depois concluam

      • Concluiu que é bom rapaz, bom chefe de família etc, etc etc,
        Quem, enquanto secretário do PSD, a propósito da atualização das listas , leia.se cadernos de militantes, quis por quase todos de que não “gostava” na rua? E quem acabou por vir para a rua? Quem era, na altura o Presidente do PSD?
        Não leia historinhas, leia quem é verdadeiramente esse tartufo da Foz.

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