O presidente do PSD afirmou, esta segunda-feira, que a decisão sobre a sua eventual recandidatura está “quase tomada” e será anunciada em breve.
Em declarações aos jornalistas à chegada à tomada de posse do novo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, Rui Rio foi questionado se já tomou uma decisão se será recandidato, ou não, nas eleições diretas do PSD, marcadas para 4 de dezembro.
“Está quase a ser tomada na minha cabeça e a seguir comunicada. Obviamente que me preocupa muita esta situação que foi criada, que é podermos ter um país em eleições antecipadas, que é mau, se o PSD estiver numa disputada – sem presidente eleito e com congresso lá para janeiro – isto é uma coisa terrível”, afirmou o líder dos sociais-democratas.
Mais à frente, e questionado sobre se está pronto para ser protagonista de uma mudança no país, Rio frisou que ao ser presidente do PSD “tem de estar sempre pronto”.
E à insistência se tal significa que se vai recandidatar à liderança do PSD, Rio referiu que esse assunto não era o que interessava no dia de hoje, mas deixou um recado: “Não vão demorar muito a saber isso.”
Na quinta-feira, recorde-se, apesar da tentativa do líder para tentar adiar a votação, o Conselho Nacional do PSD chumbou uma proposta da sua direção para que o calendário eleitoral interno fosse suspenso até se esclarecer se o Orçamento do Estado é ou não aprovado, por 71 votos contra e 40 a favor.
As diretas foram agendadas para 4 de dezembro e congresso para entre 14 e 16 de janeiro, na mesma noite em que o eurodeputado Paulo Rangel se apresentou como candidato à liderança.
Na tomada de posse de Moedas, o até agora único candidato à liderança quis fugir ao tema, dizendo que se encontrava ali “para apoiar um grande amigo”, em quem sempre acreditou.
Ainda assim, refere o jornal online Observador, Rangel aproveitou para dizer que é um “grande apoiante dos novos tempos”, num trocadilho com o lema usado por Moedas na corrida autárquica.
ZAP // Lusa
