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Rio Ave vs Benfica | Águia sofre mas tem uma garra no título

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Hugo Delgado / Lusa

O Benfica arrancou este domingo uma difícil, mas potencialmente decisiva, vitória por 3-2 na visita ao Rio Ave.

Com um arranque auspicioso – um golo logo a abrir -, a formação “encarnada” parecia dominar as operações, mas acabou por perder o controlo do jogo ainda na primeira parte e, na segunda, sofreu calafrios, terminando com vantagem mínima no marcador.

O Rio Ave esteve personalizado, jogou, atacou, marcou e teve num dos seus jogadores o melhor em campo. Agora, falta um empate à “águia”, em casa, ante o Santa Clara, para conquistar o título nacional.

O Jogo explicado em Números

  • Entrada perfeita do Benfica na partida, a marcar logo aos três minutos, por Rafa Silva. Cruzamento da direita de André Almeida, Junio não conseguiu afastar e a bola chegou ao extremo, que só teve de encostar quase em cima da linha de golo. Primeiro remate do jogo e o marcador a funcionar.
  • As “águias” dominaram no primeiro quarto-de-hora, com 53% de posse e os dois únicos remates do encontro. Para além disso somava oito cruzamentos de bola corrida nesta fase, explorando bem as alas perante um Rio Ave a tentar fechar e a partir em transições rápidas.
  • Aos poucos o Rio Ave começou a reagir e a sacudir a pressão contrária e, aos 24 minutos, na cobrança de um livre directo, Nuno Santos obrigou Vlachodimos a uma grande defesa para canto. Na sequência do mesmo, Tarantino colocou a bola no fundo da baliza benfiquista, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo.
  • A meia-hora chegou ainda com o Benfica a dominar os acontecimentos (54% de posse), mas com os vila-condenses a registarem já tantos remates quanto os “encarnados” (3), mas menos um enquadrado (1-2). Em contrapondo, deixaram de surgir tantas vezes em igualdade numérica com a defesa benfiquista nas transições.
  • Numa fase algo confusa do jogo, aos 44 minutos, o Benfica esteve perto de ampliar, num lance rápido de contra-ataque, com João Félix a atirar para a baliza, sem Léo Jardim, mas com Rúben Semedo a cortar o lance quando a bola se encaminhava para a baliza. Adivinhava-se o golo das “águias”, que surgiu em cima do descanso. Seferovic serviu Pizzi, Léo Jardim interceptou a bola, mas não a segurou, e João Félix, na recarga, atirou a contar.
  • Vantagem benfiquista na primeira parte, logo com um golo aos três minutos e domínio na primeira metade desta fase.
  • Aos poucos o Rio Ave conseguiu sacudir a pressão e causou alguns problemas à formação “encarnada”, mas foi o Benfica a ampliar em cima do intervalo, por João Félix, numa altura em que os homens da casa começavam a deixar muitos espaços na retaguarda.
  • O melhor em campo até ao descanso foi Rafa.
  • O extremo registava um GoalPoint Rating de 6.5, com um golo, um passe para finalização, todos os 16 passes certos e dois dribles completos em três tentativas.
  • O Rio Ave imitou o Benfica e reentrou na partida da melhor forma. Aos 51 minutos, Nuno Santos serviu Tarantini e este, completamente sozinho à entrada da área, atirou a contar, ao segundo remate dos homens da casa no primeiro tempo, primeiro enquadrado.
  • A resposta benfiquista não demorou. Aos 56 minutos, Álex Grimaldo fugiu pela esquerda e, na linha final, cruzou atrasado para Pizzi que, à entrada da área e sem marcação, atirou colocado para o 3-1, ao segundo remate benfiquista no segundo tempo, primeiro enquadrado.
  • O primeiro quarto-de-hora do segundo tempo foi de loucos. O Rio Ave entrou melhor, teve mais bola (54%), marcou, mas o Benfica respondeu de pronto. Nesta fase as duas equipas apresentavam excelentes registos no passe, os vila-condenses com 89% de eficácia, os lisboetas com 86%. E aos 61 minutos, André Almeida, isolado, rematou para grande defesa de Léo Jardim.
  • O Rio Ave sentiu o terceiro tento benfiquista, deixando de pressionar tanto o último reduto “encarnado”. Aos 70 minutos, os homens da casa registavam somente duas acções com bola na área benfiquista, por Tarantini (no golo) e Gelson Dala.
  • O jogo parecia controlado por parte do Benfica, mas aos 84 minutos, o recém-entrado Ronan acorreu a um cruzamento de Galeno para desviar de cabeça para o fundo da baliza. Um tento que recolocava os homens da casa na discussão do resultado, ao sétimo disparo dos homens da casa no segundo tempo, quarto enquadrado.
  • Mas a pressão dos vila-condenses acabou por não dar resultado, com os “encarnados” a segurarem uma vantagem que os coloca a um ponto do título. Tudo para resolver no próximo fim-de-semana.

O Homem do Jogo

Já havia sido o melhor em campo da sua equipa na recepção ao FC Porto, mas este domingo foi o melhor em campo. Nuno Santos foi um verdadeiro quebra-cabeças para o Benfica, terminando a partida com um GoalPoint Rating de 6.8. O extremo fez a assistência para o golo de Tarantini, no arranque do segundo tempo, criou duas ocasiões flagrantes de golo em cinco passes para finalização e terminou com 87% de eficácia de passe. Nunca desistiu de procurar o empate.

Jogadores em foco

  • Pizzi 6.8 – O médio foi o melhor do Benfica, quatro centésimas apenas abaixo de Nuno Santos. Pizzi fez um golo, o 3-1, muito importante no desenrolar do desafio, enquadrou três dos quatro remates que realizou e terminou com 83% de eficácia de passe.
  • Rafa Silva 6.7 – Enquanto tem energia, não pára de causar perigo, com a sua velocidade e movimentação difícil de prever. Rafa fez o 1-0, registou dois passes para finalização, falhou apenas um de 32 passes e completou quatro de seis tentativas de drible.
  • Ronan 6.4 – A entrada do avançado desestabilizou completamente a defesa do Benfica, que não soube lidar com a sua presença física, mais uma na grande área. O brasileiro aproveitou o seu 1,95m de altura para fazer o 3-2, no único remate que realizou na partida.
  • Odysseas Vlachodimos 5.9 – O guardião grego terminou apenas com quatro defesas, mas algumas delas foram de grande nível, com uma delas a tirar uma bola que se encaminhava para um dos ângulos da sua baliza. Fundamental para segurar a vantagem benfiquista.
  • Álex Grimaldo 5.9 – Mais uma vez o espanhol esteve muito bem a atacar. Em dois passes para finalização criou duas ocasiões flagrantes de golo, uma delas a assistência para o golo de Pizzi. E ainda recuperou dez vezes a posse de bola.

Resumo

1 Comment

  1. O Duarte Gomes na sic noticias alimenta uma mentira, mesmo sabendo que não existe qualquer defesa do guarda redes, porque não houve um remate a baliza, mas sim um passe em que o guarda redes tenta interceptar e passa a bola ao jogador do Benfica e neste caso como o Duarte Gomes explicou não existe fora de jogo.

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