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Ricardo Carvalho condenado a 7 meses de prisão por fraude fiscal

José Sena Goulão / Lusa

O ex-jogador do FC Porto, Real Madrid e selecção nacional, Ricardo Carvalho

O Tribunal Regional de Madrid condenou o futebolista internacional português a sete meses de prisão por crimes fiscais, cometidos em 2011 e 2012, relacionados com a ocultação de receitas provenientes dos direitos de imagem.

A justiça espanhola ratificou o acordo entre a Autoridade Tributária e Ricardo Carvalho, no qual o jogador, atualmente ao serviço dos chineses do Shanghai SIPG, reconheceu ter cometido as acusações que lhe são imputadas, na altura em que representava o Real Madrid.

De acordo com a sentença, a que a agência EFE teve hoje acesso, o futebolista foi também condenado ao pagamento de uma multa no valor de 142.822 euros, considerando “desproporcionadas” as penas pedidas pelo Ministério Público, de um ano de prisão e perto de 300 mil euros de multa.

Perante a insistência do Ministério Público, exemplificando com a pena de 21 meses imposta ao argentino Lionel Messi, os magistrados observaram que o valor defraudado pelo jogador do FC Barcelona é muito superior ao que era imputado a Ricardo Carvalho, ascendendo a 4,1 milhões de euros.

O tribunal madrileno considerou como atenuante o facto de o jogador ter admitido a fraude ainda antes de ter sido iniciado o procedimento judicial e ter devolvido a totalidade do valor que o Fisco alega ter sido ocultado pelo futebolista, estimado em 545.981,03 euros.

A legislação em Espanha prevê que possa ser aplicada pena suspensa nos casos de condenação até dois anos de prisão, caso se trate de um primeiro delito.

Segundo a sentença, o jogador português desviou dinheiro referente aos direitos de imagem através de uma sociedade radicada nas Ilhas Virgens, mantendo um procedimento que já adotava quando representava o Chelsea e mantinha residência fiscal em Inglaterra.

Ricardo Carvalho, de 39 anos, transferiu-se do clube inglês para o Real Madrid em junho de 2010, tendo alinhado na equipa da capital espanhola até junho de 2012.

// Lusa

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