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Dissidente do Estado Islâmico revelou as identidades de 22 mil combatentes

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(dr) Dabiq Magazine #10

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Dezenas de milhares de documentos com os nomes, moradas, números de telefone e contactos de familiares foram divulgados esta semana por um dissidente do grupo.

A SIC Notícias avança que a Polícia Judiciária já tem parte da lista com os nomes e informações de 22 mil militantes do Estado Islâmico. As autoridades portuguesas estarão a averiguar se há nomes de cidadãos nacionais no documento e quais as implicações para Portugal.

A polícia federal alemã anunciou esta semana ter recebido dezenas de milhares de documentos com nomes, moradas, números de telefone e contactos de famílias de pessoas que se juntaram ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

A informação terá sido roubada ao líder da polícia interna do Daesh por um antigo membro do grupo terrorista, desiludido com a causa do grupo terrorista, e passada numa pen drive.

Sky News afirma ter também recebido documentos semelhantes, com informações sobre 22 mil extremistas, obtidos por um homem que usa o nome Abu Hamed, um antigo elemento do Exército Sírio Livre que decidiu entretanto aderir ao grupo do Estado Islâmico.

Abu Hamed roubou a documentação da direção da polícia de segurança interna do Daesh e entregou o suporte informático a um jornalista na Turquia, explicando que tinha saído do grupo porque as regras islâmicas tinham colapsado no seu seio.

A lista revela que há combatentes oriundos de 51 países que, para se juntarem ao EI, tiveram que responder a um questionário de 23 perguntas, incluindo nome, data e local de nascimento, morada, número de telefone e tipo de sangue, além do nome de solteira da mãe, “o nível de compreensão da sharia” (lei islâmica) e a experiência possuída.

Entre as dezenas de milhares de documentos, alguns ficheiros identificam os chamados “mártires”, os combatentes exclusivamente treinados para ataques suicidas.

Planos de ataques terroristas

De acordo com o The Guardian, os documentos terão sido recolhidos no final de 2013. O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, já confirmou que os documentos são autênticos e vão facilitar as investigações, ajudando a perceber a estrutura e modo de funcionamento da organização terrorista.

Os ministérios do Interior e dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido ainda não comentaram o facto, mas um antigo dirigente de operações antiterrorismo no MI6 (serviços de informações britânico), Richard Barrett, escreveu no Twitter que os registos deveriam dar “uma luz incalculável” sobre os membros do grupo.

“Isto vai ser um recurso de valor incalculável para os analistas”, acrescentou.

Muitos dos nomes são já conhecidos, mas os documentos dão a conhecer muitos combatentes oriundos do Norte da Europa – incluindo cidadãos britânicos que já eram conhecidos e foram mortos em ataques aéreos norte-americanos -, Estados Unidos da América, Canadá, Médio Oriente e Norte de África.

A Sky News diz já ter informado as autoridades sobre os planos de mais ataques terroristas em países ocidentais.

ZAP

3 Comments

  1. O que eu gostava de ver muito bem explicadinho, (como se eu fosse muito burro)
    é porque adere tanta gente ao movimento????????

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