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JMJ: retorno será 10 vezes maior do que despesas

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Famoso altar-palco representa apenas 10% do orçamento previsto pela Câmara Municipal de Lisboa. 3 milhões para casas-de-banho e esgotos.

34.7 milhões de euros. Este é o orçamento previsto pela Câmara Municipal de Lisboa para as Jornadas Mundiais da Juventude.

O evento vai decorrer na capital de Portugal no início de Agosto e tem sido marcado, nos últimos dias, por um já famoso altar-palco.

No entanto, de acordo com um documento a que a SIC teve acesso, esse palco representava (em Junho) menos de 10% do total das despesas.

Para a construção do palco estavam previstos 3.25 milhões de euros – entretanto o valor subiu e deve ultrapassar 5 milhões.

Mas há valores mais elevados: 9 milhões de euros só para torres multimédia, 7 milhões para recuperar o Aterro Sanitário de Beirolas ou 4 milhões para a ponte da ciclovia sobre o rio Trancão.

Só estes três pontos representam mais de metade (20 milhões de euros) do orçamento total.

Além do altar-palco, seguem-se os 3 milhões previstos para casas de banho e rede de esgotos, 1.5 milhões de euros para iluminar o recinto, 1 milhão para abastecimento e disponibilização de água potável, mais 1 milhão para ponte militar sobre Rio Trancão.

Entre os valores mais baixos há 100 mil euros para zonas de sacristias, camarins, e equipas multimédia, ou 400 mil euros para zonas e espaços de alimentação para convidados VIP e bispos.

Retorno de 350 milhões

No entanto, essa previsão de despesas é praticamente 10% da previsão de retorno.

Também na SIC, o coordenador do grupo de projecto para a Jornada Mundial da Juventude, José Sá Fernandes, espera um retorno de cerca de 350 milhões de euros.

“Um milhão de pessoas, no mínimo, a estarem em território português a gastarem, numa semana, 200 euros, dá este valor”, contabilizou, com base na Jornada Mundial da Juventude em Madrid, em 2011.

O responsável explicou que haverá cinco eventos, “cada um com custos diferentes, cada um com regras e tarefas diferentes, distribuídas por vários parceiros”.

As tarefas estão distribuídas e os custos estão distribuídos, assegurou. Há uma separação de “poderes e tarefas”.

Sá Fernandes “não estava” a par dos milhões previstos para o altar-palco (que custou 300 mil euros em 2010, quando o Papa Bento XVI esteve em Lisboa). Até porque “não fiscaliza” o trabalho da Câmara de Lisboa.

Ficou “surpreendido”, admitiu. Mas avisou: “Este é o maior palco que alguma vez aconteceu em alguma jornada”.

O altar-palco vai receber 2 mil pessoas em simultâneo, no máximo.

ZAP //

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