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Novas restrições em Itália recebidas com protestos violentos

Matteo Corner / EPA

Manifestantes saíram à rua em várias cidades italianas, esta segunda-feira, para protestar contra as novas restrições anunciadas pelo Governo para controlar a pandemia de covid-19.

De acordo com a agência Associated Press (AP), citada pelo jornal The Guardian, entre as várias medidas restritivas anunciadas pelo Governo italiano está, por exemplo, a obrigatoriedade de os restaurantes e cafés fecharem às 18h00 e o encerramento de cinemas, ginásios e outros locais de lazer.

Os italianos não estão a aceitar as novas restrições, tendo saído à rua em várias cidades, como Turim, Milão, Roma, Nápoles e Palermo. Em alguns casos, os protestos tornaram-se violentos e a polícia teve de intervir.

Segundo a mesma agência, em Turim, no norte do país, alguns manifestantes partiram montras de lojas, lançaram bombas de fumo e atiraram garrafas contra a polícia. Os agentes, por sua vez, usaram gás lacrimogéneo contra os protestantes.

De acordo com a agência LaPresse, também citada pelo jornal britânico, entre os manifestantes estavam “ultras”, membros de claques de futebol conhecidos pelos seus comportamentos violentos. Cinco pessoas foram detidas pelas autoridades.

Horas antes, cerca de 300 taxistas reuniram-se, de forma pacífica, para chamar a atenção para as perdas provocadas pela pandemia, que afetou seriamente o setor do turismo e fez desaparecer os trabalhadores do centro da cidade.

Em Milão, a polícia também usou gás lacrimogéneo para conter os protestos na noite desta segunda-feira. Um jornalista da Associated Press assistiu a pelo menos duas detenções.

De acordo com a RTP, estas restrições estão a levar pequenas empresas à falência, uma vez que ainda se encontravam a recuperar do impacto da primeira vaga. Para tentar acalmar os ânimos, o Governo já veio anunciar que, esta terça-feira, vai apresentar um novo pacote de medidas para apoiar estes negócios.

A Europa voltou a ser o epicentro da pandemia de covid-19, o que obrigou os Executivos a tomar novamente medidas para evitar a propagação do vírus. O maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (44.896 mortos, mais de 873 mil casos), seguindo-se Itália (37.479 mortos, mais de 542 mil casos), França (34.761 mortos, mais de um 1,1 milhões de casos) e Espanha (35.031 mortos, mais de 1,098 milhões de casos).

ZAP //

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