O “no show” não é novo, mas está cada vez mais notável e os restaurantes são forçados a tomar medidas. Pedir dados bancários na reserva é o passo de alguns — e resulta.
O fenómeno não é novo e já sabíamos que éramos “prós” no no show — a arte de deixar os restaurantes pendurados após termos reservado uma mesa.
Mas se a tendência já estava em crescimento desde 2019, e piorou com a pandemia, sabemos agora que fomos mesmo campeões da Europa em 2024 em reservar e não aparecer nas aplicações de reserva, segundo a aplicação de reservas The Fork conta ao Expresso.
Não aparecer acontece em diversos sectores como saúde, beleza e hotelaria, mas o sector mais afetado é a restauração.
Na maior parte das vezes, os no-shows estão relacionados com as reservas pequenas (1 ou 2 pessoas), lembra a aplicação: 91% desses clientes não falharam uma segunda vez nos 6 meses seguintes
O popular TheFork já tinha tomado medidas contra o fenómeno e começado a suspender todas as contas de utilizadores que acumularem quatro no-shows ao longo de um ano.
Agora, é cada vez mais frequente os restaurantes pedirem dados bancários, nota o jornalista Ricardo Dias Felner, para evitar no shows. Um restaurante, Essencial, cobra 40 euros a quem não cancela a reserva com 12 horas de antecedência.
“Quando os clientes pagam adiantado ou deixam os seus dados bancários, raramente não aparecem porque sabem que se não vierem, perderão dinheiro. Utilizar a garantia por cartão de crédito reduz os no-shows em 65%. Este é um benefício duplo para os restauradores: não só reduz muito o seu número de no-shows, como também recebe uma compensação mesmo que o cliente não venha”, segundo o The Fork.
Mas as pessoas desconfiam. Além disso, é chato. Felner compara o processo em alguns restaurantes a “contratos jurídicos”.