TheFork anuncia “medidas decisivas” para combater o no-show nos restaurantes. Conta suspensa para quem falhar quatro vezes num ano.
O fenómeno tem uma designação inglesa: no-show. Em resumo, acontece quando as pessoas reservam lugar e depois não aparecem. Na maioria dos casos, nos restaurantes.
É algo frequente. Mais frequente do que os gerentes dos restaurantes queriam – que confirmam a reserva, mas depois ficam com aquela mesa vazia.
As falhas nas reservas têm tido uma tendência crescente desde 2019, ano após ano, ainda mais visível a partir da pandemia.
Mas há quem queira acabar com isso. Ou, pelo menos, diminuir significativamente o número de falhas.
O TheFork anunciou nesta terça-feira uma nova política para combater esta prática prejudicial aos restaurantes.
Nesta plataforma online de reservas de restaurante, em 2024 a média de no-shows na Europa subiu para 3,5% – era 3,2% no ano passado.
Numa “posição firme” para proteger os restaurantes em Portugal, lê-se em comunicado enviado ao ZAP, o TheFork vai suspender todas as contas de utilizadores que acumularem quatro no-shows ao longo de um ano.
Além disso, a plataforma incentiva os restaurantes a adotarem tecnologias que melhorem a gestão de reservas e a comunicação com os clientes, reforça o Índice de Confiança do Cliente, estabelece um sistema de reconfirmação de reservas e passa a ser exige a garantia com cartão de crédito para algumas reservas.
Já no ano passado, a TheFork tinha recomendado aos restaurantes associados um lembrete aos clientes e tinha proibido duas reservas para o mesmo dia e para a mesma refeição.
“Queremos que os nossos clientes entendam o impacto das suas ações e façam reservas de forma consciente e responsável”, justificou Sérgio Sequeira, CEO do TheFork Iberia.
79% dos portugueses alterariam o seu comportamento face a medidas mais rígidas.