No-show: reservar mesa num restaurante e não aparecer. Há quem tente combater o fenómeno

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Restauração é o sector mais afectado pela tendência: quase metade admite não ter aparecido depois de reservar mesa.

Não é correcto, não é simpático e origina prejuízos para quem está do outro lado, não é justo para quem queria estar lá e não está.

Mesmo assim, foi uma tendência crescente entre 2019 e 2022.

O fenómeno tem uma designação inglesa: no-show. Em resumo, acontece quando as pessoas reservam lugar e depois não aparecem.

Acontece em diversos sectores como saúde, beleza e hotelaria, mas o sector mais afectado é a restauração.

Os dados disponibilizados pela plataforma TheFork mostram que quase metade (42%) dos utilizadores admite que não apareceu no restaurante depois de ter reservado mesa, no ano passado.

Em 10 inquiridos, nove confessaram que não apareceram sem avisar, pelo menos, uma vez, ao longo dos últimos três meses.

No ano passado, a média mensal foi quase sempre acima de 4% de falta de comparência. Só Dezembro escapou, mas por pouco (3,8%). Janeiro e Fevereiro apresentaram uma tendência – muito ligeira – de descida, pouco abaixo dos 4%.

Portugal, Espanha, Itália e Reino Unido são os países na Europa onde este no-show acontece mais. Pelo contrário, Suécia e Alemanha são os países europeus onde menos acontece.

Por cá, a maioria das faltas de comparência está relacionada com imprevistos de última hora (47% dos casos) e quando os clientes se esquecem que tinham reservado mesa (21%).

Mais abaixo ficam outros motivos: mudanças de opinião (5%), reservas em múltiplos restaurantes para o mesmo momento (3%) e vergonha em cancelar (2%).

79% dos inquiridos admitem que mudariam a sua postura neste contexto se conhecessem ao certo as consequências do no-show para os restaurantes.

A TheFork, plataforma de reservas online para restaurantes, tenta combater o fenómeno, sobretudo para os esquecidos: os restaurantes associados podem lembrar os clientes que reservaram mesa para aquele espaço. Há ainda sistema de reconfirmação por email, por sms e pela aplicação. Os cancelamentos são feitos rapidamente, na aplicação.

Outra medida para travar o no-show é proibir duas reservas para o mesmo dia e para a mesma refeição. E os restaurantes têm acesso ao índice de confiança do cliente (que apresenta o número de faltas de comparência nos últimos meses).

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

11 Comments

  1. Não gosto de ter de reservar uma mesa. Como sei o quê e aonde quero comer d’aqui a 3 meses. A mesma coise é não poder virar à esquerda. Já me mudei de uma vila para outra (de Cascais para Portimão) por causa de isso.

    • Comentário ridículo. Alguém reserva mesa com 3 meses de antecedência??
      As reservas são feitas nos dias anteriores ou até no próprio dia.

  2. Não admira que na Suécia e Alemanha são os países europeus onde menos acontece. Não é por acaso que são desenvolvidos.

  3. Responsabilidade dos restaurantes geridos por idiotas!
    Cobrem uma – significativa – caução de reserva e “prontos”… os parasitas/eventuais clientes – a menos que gostem de deitar dinheiro à rua (financiando restaurantes a troco de nada) – enxergar-e-ão e pensarão duas vezes antes de se “baldarem”!

  4. Faz parte dos objectivos do governo a destruição progressiva do sector da restauração e as políticas seguidas tem incentivado o afastamento dos clientes dos restaurantes de várias formas. Aliás o objectivo final é uma elite muito rica e o resto das pessoas serão dependentes de subsídios que o Estado irá dar. Desta forma tudo será controlado.
    A agenda internacional está feita há muito tempo. O dinheiro digital que significa o controlo total das pessoas está para breve e no bom caminho. Portanto continuem a apoiar a Ucrânia e a tomarem vacinas Covid que estão a fazer exactamente o que está nessa agenda internacional há muito tempo definida.

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