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Rendas descem mas jovens continuam a precisar de partilhar casa

Em Aveiro, Lisboa e Porto houve uma ligeira descida nos preços das rendas, em relação a agosto do ano passado. Mas a idade média de quem partilha casa chega aos 34 anos.

A oferta de quartos para arrendar subiu 32% no último ano, o que provocou uma descida ligeira nos preços de arrendamento, escreve o jornal Público. No Porto, essa descida foi de 2,4% e em Lisboa 4,2%.

Segundo o relatório anual de arrendamento de quartos do Idealista, viver num apartamento partilhado em Lisboa custa em média 356 euros, enquanto em Faro, cidade onde os preços subiram 5,4% em relação ao ano anterior, arrendar um quarto fica em média mais caro do que no Porto: 303 euros (292 euros no Porto).

Em Coimbra, os preços mantiveram-se inalterados desde agosto de 2020, o que se traduz numa média de 203 euros por mês, a cidade universitária mais barata. Arrendar um quarto em Aveiro custará este mês, em média, 250 euros, menos 6,3% do que no início das aulas do ano letivo anterior (267 euros).

“Pessoas com 34 anos, que vivem no centro de grandes cidades e não fumam (apesar de tolerantes com quem fuma), marcam o perfil das pessoas que partilham casa em Portugal”, mostra ainda um estudo do Observatório do Alojamento Estudantil.

Ao analisar a idade média de idades de pessoas que partilham casa, o relatório volta a mencionar que a coabitação já não perfila apenas estudantes, mas também jovens “nos primeiros anos do mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde”.

“A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa”, lê-se.

Entre os jovens da União Europeia, os residentes em Portugal são dos que mais tarde saem de casa dos pais — aos 30 anos, em relação a uma média de 26,4, segundo dados deste mês do Eurostat.

ZAP //

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