Reino Unido foi excluído de reunião em Bruxelas (e não gostou)

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O Reino Unido foi excluído de uma reunião de Estados-membros sobre cibersegurança e a diplomacia britânica já demonstrou o seu desagrado face à decisão, adiantou o Financial Times este sábado.

Segundo o diário britânico, o diplomata do Reino Unido, Tim Barrow, enviou uma carta aos responsáveis europeus na qual criticava a exclusão do país da reunião. No encontro, precisa o Jornal Económico, os países europeus discutiram as avaliações nacionais de riscos das redes 5G, nomeadamente as questões que envolvem a gigante chinesa Huawei.

Esta exclusão levantou “questões e preocupações em Londres em relação ao tratamento e processo das reuniões” durante o processo de extensão para o Brexit, assinalou o representante do Reino Unido em Bruxelas, de acordo com o mesmo jornal.

“O Reino Unido reconhece que há ocasiões em que os 27 [Estados-membros] precisam de se reunir sob o Artigo 50 sem nós”, refere na carta. Contudo, salienta o diplomata, nenhuma explicação foi dada sobre os motivos que levaram à exclusão da reunião técnica e de discussão sobre a segurança das redes 5G.

Em março, a Comissão Europeia recomendou que os países europeus avaliassem os riscos de cibersegurança das redes 5G e reforçassem as medidas preventivas. Esta sexta-feira, 19 de julho, a Comissão Europeia adiantou, em comunicado, que as avaliações serão integradas numa avaliação dos riscos à escala da UE que será concluída até 1 de outubro.

Em abril passado, os líderes europeus dos 27 países da União Europeia chegaram a um acordo para a nova data de adiamento do Brexit. A data acordada foi 31 de outubro.

Esta data é o meio termo entre o pedido por Theresa May (30 de junho de 2019) e o desejado pela maioria dos países do Conselho Europeu (março de 2020). A data de 31 de outubro proposta pela UE a 27 deve-se ainda ao facto de a futura Comissão Europeia entrar em funções em 1 de novembro.