Reino Unido está a treinar comandos ucranianos para invadir a Crimeia

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Tropas britânicas estão a treinar uma unidade de elite de comandos ucranianos para atacar as forças russas na Crimeia e recuperar a península ucraniana ocupada em 2014 por Vladimir Putin.

Numa operação confidencial, as tropas britânicas estão a treinar mais de 2.000 comandos ucranianos de elite com o objetivo de reconquistar a Crimeia, até ao fim do ano.

Segundo fontes oficiais citadas pelo Express, esta unidade de elite será a “ponta da lança” de uma invasão da Crimeia para resgatar a península ucraniana às forças russas.

Os comandos irão usar tecnologia avançada para sabotar e paralisar as tropas russas, abrindo caminho para ataques simultâneos por terra, mar e ar.

Os exercícios estão a ser realizados num campo de treino isolado em Okehampton, Devon, que se encontra fechado ao publico e a quaiquer outras unidades militares.

O programa de treinos está a ser supervisionado pelo 42 Commando, unidade de elite da 3ª Brigada dos Royal Marines, e inclui o uso de táticas militares da NATO para ajudar as tropas ucranianas a preparar o campo de batalha “antes de atingir o coração do inimigo”, detalha a fonte citada pelo Express.

A semana passada, o chefe da inteligência ucraniana, Kyrylo Budanov, afirmou numa entrevista ao canal de TV ucraniano TSN, citada pela Newsweek, que forças ucranianas “vão entrar na Crimeia brevemente“.

A Crimeia, sob controlo russo há oito anos, é uma região estratégica na guerra entre russos e ucranianos, sobretudo para o lado da Rússia, que mantém na península bases de apoio às tropas no terreno no leste da Ucrânia.

ukraineinwar / Blogspot

Drones ucranianos atacam petroleiro russo

Um ataque com drones submarinos ucranianos no Estreito de Kerch causou danos a um petroleiro russo, interrompendo brevemente o tráfego na ponte estratégica que liga a Crimeia à Rússia, confirmou a imprensa russa.

A embarcação foi danificada, mas sem originar qualquer derrame de petróleo, avançou a agência de notícias Tass, citando o Centro de Resgate Marítimo russo, que referiu ainda que dois rebocadores já chegaram ao local.

O barco tinha 11 pessoas a bordo e vários membros da tripulação ficaram feridos por estilhaços de vidro durante o ataque, disse um funcionário nomeado pela Rússia na região ucraniana de Zaporijia, Vladimir Rogov, na plataforma de mensagens Telegram.

De acordo com o The Moscow Times, o ataque visou o petroleiro SIG, alvo de sanções dos Estados Unidos por ter fornecido combustível às forças russas que vieram em auxílio do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad durante a guerra civil na Síria.

O ataque levou a que o tráfego na ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, fosse suspenso por três horas antes de ser retomado no início da manhã de hoje, de acordo com o centro de informações rodoviárias.

A ponte Kerch, que em julho foi alvo de diversos ataques de drones ucranianos, é a única estrutura do género que liga a península à Rússia e tem sido a principal via para transportar equipamento para os militares russos na frente de batalha.

Também a agência de notícias ucraniana UNIAN avançou que o ataque contra o petroleiro SIG, vindo da Turquia, fez a embarcação balançar entre um e dois graus e provocou uma inundação da casa das máquinas.

O impacto do drone, ocorrido a cerca de 51 quilómetros do estreito de Kerch, causou uma detonação que foi vista da península da Crimeia e deixou o navio incapaz de se mover.

Pouco depois da meia-noite, várias explosões também ocorreram na área da ponte Kerch, e houve relatos de um ataque de aparelhos marítimos e aéreos não tripulados. Os residentes locais indicaram que ouviram uma forte explosão na área de Yakovenko.

Esta semana, as autoridades russas deram conta de várias tentativas de ataques a navios civis e navais na zona do Mar Negro, onde os ataques aumentaram desde que a Rússia decidiu retirar-se do acordo ucraniano de exportação de cereais, a 17 de julho, acusando a Ucrânia de incumprir a sua parte do plano.

Tanto Kiev como Moscovo anunciaram, após a rutura do acordo, alcançado pela primeira vez em julho de 2022, que todos os navios que navegam nas águas do Mar Negro serão considerados transportes de carga militar.

ZAP // Lusa

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