O rei de Espanha, Felipe VI, incumbiu o líder socialista, Pedro Sánchez, de tentar formar governo, pelo que se abre agora um período de negociações para obtenção de apoios para uma votação de investidura.
Foi o socialista Patxi López, presidente da Mesa do Congresso dos Deputados, o parlamento espanhol, a dar conhecimento da decisão do Rei, tomada após uma segunda ronda de consultas com os líderes das formações partidárias com assento parlamentar.
Segundo o El País, López explicou que o rei ligou ao líder socialista Pedro Sánchez para o informar de que é o novo candidato a presidente do governo, depois de o presidente interino do governo, o conservador Mariano Rajoy, ter comunicado que não conseguiu reunir o apoio do Congresso para formar governo.
O impasse sobre quem irá governar Espanha mantém-se desde 20 de dezembro, dia das eleições gerais espanholas, que o PP ganhou sem maioria absoluta. O PSOE conseguiu 90 assentos e o Podemos outros 69.
Pedro Sánchez e o PSOE terão de fazer acordos para chegar a uma maioria no parlamento que lhe permita contornar – numa primeira ou em votações sucessivas – um quase certo voto contrário do PP.
A correlação de forças saída da votação indica que qualquer um dos partidos terá de fazer acordos pós-eleitorais para uma investidura e para formar governo.
O Podemos propôs ao PSOE um governo de coligação, pedindo a vice-presidência e pelo menos cinco ministérios, juntamente com o partido Izquierda Unida e o apoio de forças catalãs e bascas, mas os socialistas preferem um governo de cor única, com acordos de apoio parlamentar.
Várias fações regionais no PSOE exigem a Pedro Sánchez que deixe claro que renuncia a apoios de forças que defendam a independência de Catalunha ou País Basco.
O líder do PSOE vai agora submeter os eventuais acordos a uma consulta aos militantes socialistas.
ZAP