Um jogador do Cádiz recusa regressar à competição enquanto o coronavírus for uma ameaça em Espanha. “Preferia comer só um bocado de pão com azeite em vez de me colocar a mim e à minha família em risco”, disse Fali.
Com as competições de futebol interrompidas devido à pandemia de covid-19, em Espanha pensa-se como retomar as ligas. Embora muitos estejam ansioso pelo regresso do futebol, há quem não partilhe esta visão e prefira aguardar o máximo tempo possível. Este é o caso de Fali, jogador do Cádiz, equipa que lidera a segunda divisão espanhola.
“Quero que se jogue o que falta jogar, mas não enquanto morrem 400 pessoas por dia. Graças a Deus, os futebolistas podem estar sem receber salário durante vários meses até que exista uma cura para isto. E faria tudo pelos que não ganham tanto e não podem estar nessa situação”, começou por dizer o jogador em declarações à rádio Cadena COPE
“Preferia comer só um bocado de pão com azeite em vez de me colocar a mim e à minha família em risco. Será que isto vale mais dinheiro do que a saúde? Nem por cinco milhões de euros coloco a minha vida em risco”, acrescentou.
O Ministério da Saúde espanhol desaconselha testes massivos para despiste da covid-19 a quem não apresente sintomas, colocando em causa os planos da Liga de futebol de testar os plantéis e equipas técnicas das competições profissionais.
Na sexta-feira, a Liga espanhola anunciou o adiamento do início da realização dos testes à covid-19, depois de os ter previsto para a próxima semana, de forma a reiniciar o quanto antes a competição, seguindo o decretado pelas autoridades.
A Espanha é o terceiro país do mundo com mais mortes, logo a seguir a Estados Unidos e Itália, com 22.902 óbitos e 223.759 casos.
Coronavírus / Covid-19
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