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Adolescente terá tido ajuda de um homem que descreveu como checheno para deter o ataque à mão armada que deixou 18 feridos em Hamburgo a semana passada.
Na passada sexta feira, um ataque com uma faca numa estação de comboios em Hamburgo, na Alemanha, fez 18 feridos. Mas podia ter sido ainda pior, caso a atacante, de 39 anos, não tivesse sido travada por um jovem de 19 anos.
Muhammad Al Muhammad é um refugiado sírio que vive há um par de anos na Alemanha. Esta sexta-feira, tornou-se um símbolo de coragem no país. “Decidi correr na direção oposta e parar a mulher”, relata o jovem, agora considerado um herói, ao jornal Der Spiegel.
A atacante, uma mulher alemã que estaria num estado de sofrimento psicológico, foi colocada sob cuidados psiquiátricos, avança o The Guardian, enquanto as vítimas recuperavam dos ferimentos. Não houve nenhuma vítima mortal.
Enquanto corria, viu outro homem, que descreveu como checheno, dar um pontapé no joelho da mulher, fazendo-a cair no chão. “Segurei-a no chão e pressionei as suas mãos contra a mochila para que não se pudesse levantar”, disse. “A mulher não gritou, não resistiu”.
Muhammad disse que, após o ataque, foi interrogado pela polícia antes de finalmente chegar a casa. “A polícia agradeceu-me e ofereceu-me um cappuccino”, disse ele. “Isso deixou-me muito feliz”.
A ação surge após o partido de extrema-direita anti-imigração AfD ter obtido o segundo lugar nos resultados eleitorais na Alemanha. Nas redes sociais, os comentários recordam agora o relatório do Instituto alemão Ifo, que concluiu que não há “nenhuma correlação” entre a migração e os índices mais elevados de criminalidade.
Em fevereiro deste ano, um refugiado sírio foi suspeito de um ataque, também com faca, na capital alemã, Berlim. O incidente ocorreu junto a um memorial do Holocausto e provocou ferimentos graves num turista espanhol.
Isto nunca os Venturad e Weidels desta vida haverão de admitir.