António Ramalho anunciou que a reestruturação do Novo Banco acabou em 2022, apesar do OE2021 ainda prever uma injeção de 476 milhões de euros.
Em entrevista ao jornal ECO, António Ramalho garante que a reestruturação do Novo Banco acabou em 2020 e que não pedirá mais fundos públicos no próximo ano. No entanto, o Governo incluiu 476 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2021 para a transferência do Fundo de Resolução para o Novo Banco, que foi entretanto chumbado em Parlamento.
Sem os resultados da auditoria do Tribunal de Contas, o Parlamento decidiu bloquear qualquer futura injeção do Fundo de Resolução no Novo Banco.
“Os números dos orçamentos não são meus, nunca foram. Dos [orçamentos] anteriores e o deste ano”, argumenta o presidente executivo do Novo Banco.
“A nossa relação é exclusivamente com os acionistas, que são dois: o Fundo de Resolução e a Lone Star. Eles chegam às nossas contas, conhecem as nossas estimativas e sabem os nossos orçamentos. (…) Seguramente que eu nunca diria nada que pudesse influenciar a decisão orçamental. À banca o que é da banca, ao Estado o que é do Estado”, acrescentou.
António Ramalho diz que o dinheiro previsto para o Novo Banco neste OE2021 será o último pedido ao fundo: “O que eu garanti, desde a primeira hora, foram duas coisas: que a reestruturação seria realizada até 2020, e que a partir de 2021 o banco já não absorve capital, é ele criador de capital. O que significa que espero que essa discussão [de novo pedido ao Fundo de Resolução] não se coloque”.