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Centros de saúde da Grande Lisboa criam rede contra mutilação genital feminina

Esta quarta-feira, o Governo lança o projeto “Práticas Saudáveis – Fim à mutilação genital feminina”, cujo objetivo é sensibilizar a população e formar os profissionais.

“Práticas Saudáveis – Fim à mutilação genital feminina” vai ser apresentado esta quarta-feira de manhã pela secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, e a sua congénere da Saúde, Raquel Duarte.

De acordo com o jornal Público, estima-se que, em Portugal, 6576 mulheres com 15 ou mais anos tenham sido vítimas de mutilação genital, e que 1830 meninas com menos de 15 anos já tenham sido submetidas à prática ou estejam em risco de o ser.

Apesar de vários projetos, apoios a associações de base comunitária e formação especializada a profissionais, os contactos entre diferentes instituições ainda não estão devidamente formalizados.

É neste contexto que surge este projeto-piloto na região de Lisboa e Vale do Tejo, cujo objetivo é criar uma rede de prevenção e acompanhamento de casos de mutilação genital feminina “com epicentro nas questões da saúde”, descreve Rosa Monteiro.

Segundo o matutino, em foco estão cinco agrupamentos de saúde que englobam os concelhos com estimativas mais elevadas de mutilação genital feminina entre a população. Entre eles estão Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Loures, Moita, Montijo, Odivelas, Seixal e Sintra.

Desta forma, estas unidades são chamadas a integrar a temática da MGF nos planos locais de saúde, na intervenção a nível de saúde escolar e a nível do contacto com outras entidades nos municípios.

Além disso, o protocolo prevê também a “capacitação de profissionais de diversos setores-chave”, como a saúde, educação, justiça, forças de segurança e segurança social.

Rosa Monteiro frisa que este não é apenas um problema de saúde, mas sim “uma questão de direitos humanos, de violência contra as mulheres“.

É por este motivo que estão previstas iniciativas de modo a serem criadas pontes com a comunidade – tanto através de organizações não-governamentais lideranças religiosas como através de atividades que envolvam os projetos do programa Escolhas.

ZAP //

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