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Em março, o total de subscrições atingiu os 36,481 mil milhões, o valor mais alto desde o início da série do Banco de Portugal, em dezembro de 1998.
Os portugueses voltaram a reforçar significativamente as suas poupanças em Certificados de Aforro (CA), com um investimento total de 726,3 milhões de euros apenas no mês de março, segundo avança o Correio da Manhã.
Este montante representa uma média impressionante de quase um milhão de euros por hora (976 mil euros), assinalando o maior reforço desde maio de 2023 e estabelecendo um novo recorde histórico.
Segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal, o total acumulado de subscrições neste tipo de produto financeiro do Estado atingiu os 36,481 mil milhões de euros — o valor mais elevado desde o início da série estatística em dezembro de 1998.
O forte crescimento naatual procura por Certificados de Aforro tem vindo a verificar-se de forma consistente desde outubro de 2023, altura em que o Governo duplicou o montante máximo de subscrição por aforrador, passando de 50 mil para 100 mil euros.
Essa medida parece ter tido um impacto direto na confiança e interesse dos investidores, contribuindo para esta tendência ascendente.
Apesar de a taxa de juro máxima de 2,5% ter deixado de ser aplicada devido à descida da Euribor a três meses — que se encontra agora nos 2,41% — os Certificados de Aforro continuam a oferecer uma rentabilidade mais atrativa do que os tradicionais depósitos bancários, mantendo o interesse dos aforradores.
Este aumento contrasta com o recuo registado nos Certificados do Tesouro, que viram o seu volume total cair em 154 milhões de euros, para 9,291 mil milhões. Este é o valor mais baixo desde abril de 2016, evidenciando uma clara preferência dos investidores pelos Certificados de Aforro, em detrimento dos do Tesouro.
No total, os dois instrumentos de dívida pública — que permitem às famílias emprestar dinheiro ao Estado em troca de juros — representam agora um investimento global de 45,772 mil milhões de euros.
O saldo combinado entre a subida nos CA e a queda nos Certificados do Tesouro resultou num ganho líquido mensal de 572,75 milhões de euros.