Montenegro alerta para risco de grave escalada. UE pede passo atrás

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António Cotrim / LUSA

Primeiro-ministro “muito preocupado com o risco de grave escalada no Médio Oriente”. Ministros dos Negócios Estrangeiros europeus vão debater a situação na segunda-feira em Bruxelas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou-se preocupado com o risco de “grave escalada” no Médio Oriente e apelou para a “máxima contenção de todas as partes” e ao regresso às negociações com o objetivo de encontrar uma “solução diplomática”.

Numa publicação na rede social X, o chefe do executivo português considerou que “o programa nuclear do Irão é uma séria ameaça à segurança mundial, pelo que não pode prosseguir”.

Muito preocupado com o risco de grave escalada no Médio Oriente, apelo à máxima contenção de todas as partes e ao regresso às negociações com vista a encontrar uma solução diplomática”, lê-se na publicação, feita em português e inglês.

UE pede passo atrás

A alta representante da União Europeia (UE) para as Relações Exteriores, Kaja Kallas, apelou para que “todas as partes” deem “um passo atrás” para evitar uma nova escalada no Médio Oriente.

“Apelo a todas as partes para que deem um passo atrás, regressem à mesa de negociações e evitem uma nova escalada”, afirmou Kallas.

“O Irão não deve ser autorizado a desenvolver uma arma nuclear, pois isso constituiria uma ameaça à segurança internacional”, afirmou Kallas, acrescentando que os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus vão debater a situação na segunda-feira em Bruxelas.

Além disso, os ministros avaliarão as opções em cima da mesa para rever o acordo de associação UE-Israel, a fim de verificar se Israel está a cumprir as suas obrigações em matéria de direitos humanos no que se refere à sua ação militar em Gaza e na Cisjordânia, embora não esteja prevista qualquer decisão.

A presidente da Comissão Europeia afirmou que o Irão deve comprometer-se com “uma solução diplomática credível” para “pôr fim a esta crise”, na sequência do bombardeamento dos EUA a instalações nucleares iranianas.

A NATO também está a acompanhar a situação “de perto”, disse hoje um porta-voz da Aliança Atlântica à EFE, enquanto os aliados negoceiam um novo objetivo de despesa militar antes da cimeira de 24 e 25 de junho em Haia.

Starmer, que sabia do ataque, pede negociações

“O programa nuclear do Irão é uma grave ameaça à segurança internacional. O Irão nunca poderá desenvolver uma arma nuclear, e os EUA tomaram medidas para aliviar esta ameaça. A situação no Médio Oriente continua volátil e a estabilidade na região é uma prioridade. Apelamos ao Irão para que regresse à mesa das negociações e alcance uma solução diplomática para pôr fim a esta crise”, disse o primeiro-ministro britânico, citado pela Reuters.

“Espiral de caos”, diz Guterres

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou que o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irão “ameaça” a paz e a segurança em todo o mundo e apelou a que o mundo evite entrar numa “espiral de caos”.

“Trata-se de uma escalada perigosa numa região que já está à beira do abismo e de uma ameaça direta à paz e à segurança no mundo”, afirmou António Guterres em comunicado.

Países árabes condenam ataque

Vários países árabes condenaram unanimemente o ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irão, que consideraram uma “grave ameaça” para a segurança do Médio Oriente, e defenderam a urgência de conter a situação pela via diplomática.

“O ataque a instalações nucleares no Irão representa uma séria ameaça à segurança e à paz no Médio Oriente e expõe a estabilidade regional a graves riscos”, disse o porta-voz do Governo do Iraque, Basem al-Auadi, à agência noticiosa oficial iraquiana INA. O responsável afirma que “as grandes potências e as organizações internacionais devem evitar novas crises no mundo, e não provocá-las”.

“O Iraque sublinha que as soluções militares não podem substituir o diálogo e a diplomacia”, acrescentou, apelando para a “calma imediata e à abertura urgente de canais diplomáticos para conter a situação”.

A Arábia Saudita também admitiu “preocupação” com o ataque dos Estados Unidos numa declaração partilhada nas redes sociais pelo seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, na qual apelou para a “contenção, ao desanuviamento e à prevenção da escalada”.

A Arábia Saudita considera que a comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para chegar a uma solução política nestas circunstâncias extremamente delicadas.

O Presidente do Líbano, Joseph Aoun, rejeitou em comunicado um novo conflito na zona e advertiu que o bombardeamento das instalações nucleares iranianas “ameaça a segurança e a estabilidade” na região, apelando para “negociações construtivas” para “evitar mais morte e destruição”.

“O Líbano, os seus dirigentes, partidos e povo reconhecem hoje, mais do que nunca, que pagou um preço elevado pelas guerras que eclodiram no seu território e na região. Não está disposto a pagar mais e não há qualquer interesse nacional em fazê-lo, tanto mais que o custo destas guerras excedeu e excederá a sua capacidade de suportar”, afirmou, referindo-se à situação no país na sequência do conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Omã condenou também a “agressão ilegal e exigiu um desanuviamento imediato e completo”, recordando que a Carta das Nações Unidas proíbe a violação da soberania nacional dos Estados e o seu direito legítimo de desenvolver os seus programas nucleares pacíficos, que estão sujeitos à supervisão e ao controlo da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).

“As Convenções de Genebra proíbem ataques a instalações nucleares devido aos riscos de contaminação e radiação”, acrescentou.

O Qatar insistiu igualmente na “necessidade de suspender todas as operações militares e de retomar imediatamente as negociações e os canais diplomáticos para resolver as questões pendentes”.

“A atual tensão perigosa na região terá repercussões regionais e internacionais desastrosas”, advertiu, manifestando “total apoio” aos esforços para resolver a crise.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. O Diabo não negocia nada com ninguem, a “negociaö#ao” do Diabo é assim: “Se te puseres de joelhos perante mim, dou-te isso tudo”.
    A Raposas escondidas em Tocas, estão a sair dos esconderijos em defesa do Demonio , é o Gueterres, é a Marta Tremido e para completar a Trindade do “mal” aparece o Monte Negro a botar faladaura.
    em vez de falarem, vão lá e obrigem os Iranianos a pararem com o Programa Nuclear, que evidentemente um perigo para Israel e para todo o Mjndo, pois os cabroes iriam vender Bombas Atomicas à enorme “irmandade do mal” que tenta cercar o Mundo dos Pacificos.
    Raposas FALSAS como a Serpente do Paraiso, andam permanentemente a enganar o Mundo com os pregadores de “Boa Moral”, no mentanto são mais filhus da pueta como o Diabo.
    Vão atrás da conversas deles e aconteçe-vos auilo que aonteceu ao Adão e Eva.
    A Historia da Biblia é Eterna e valida ontem, hjoje e amanhã. Tirem as traves do olhos, essas criaturas andam aqui com a missão do vos encegueirar.

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  2. Há alguem no seu perfeito juizo que tudo não tenham sido estudo, avaliado em toda a sua estensão até o ainfimo promenor?
    Há alguem no seu perfeito juizo que considere que os Tugas da Familia Socialista sabem mais e melhor que o Resto do Mundo?
    Esses PSD´s em especial tem a mania, e andam há 50 Anos aqui a mentalizar os tugas que eles afinal são algume Superior, vindos de alguma Galaxia e são Donos do Conhecimento. Essa gentalha que “querem ser mais que Deus”, afinal não passam de uns miseravies do Cohecimento e Sabedoria armados, tal como os Fariseus e Escribas nas Solenidades do Universo.
    É sinonimo de Inteligencia e Conhecimento a HUMILDADE (Intelectual, do afinal concluir interiormente que Não Sou Ninguem).
    Reduzam-se à vossa insignificancia PSD´s. Voces não são NINGUEm,,uns meros Arrogantes e Charlataes do Conhecimento , da Sabedoria,
    Arre que bicharada.

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