National Cancer Institute / Wikimedia
O problema já se arrasta há mais de nove meses. A ARS Norte garantiu que vai resolver a situação até ao final deste mês, mas em agosto já tinha prometido que as 19 unidades estariam a funcionar no início de setembro. O presidente da Liga admite que se nada for feito vai até Lisboa “manifestar-se” uma vez que os rastreios são muito importantes para a deteção precoce do cancro.
A ARS Norte assume que “ainda não há uma data concreta”para a reabertura das 19 unidades móveis de rastreio do cancro da mama, que deviriam já estar a funcionar no Norte do país. Contudo, em agosto afirmou que a reativação dos dispositivos móveis iria ser feita no início de setembro, mas até agora nada.
Segundo o Jornal de Notícias, “falta só” uma coisa para o avanço: a aprovação do orçamento no Conselho de Ministros.
Vítor Veloso, presidente do Núcleo Norte da Liga Portuguesa contra o Cancro, disse ao JN que “se isto não ficar resolvido este mês, não podemos estar à espera e por isso irei a Lisboa manifestar-me. Mas não vou sozinho. Levo um conjunto de doentes oncológicos para verem que há pessoas para quem estes rastreios são vitais”, remata.
O JN avança que os rastreios estão suspensos há nove meses, altura em que o acordo de cooperação entre a Liga contra o Cancro, e a ARS Norte devia ter sido assinado. Só no Norte, o público-alvo deste programa é de 630 mil mulheres.
Segundo a Liga, foram adiados “cerca de 75 mil exames” e as marcações continuam suspensas. Enquanto o “sim” do Conselho de Ministros não chega, Vítor Veloso lamenta mas diz que “vai haver mais mortes por cancro da mama e a repercussão vai ser visível nos próximos anos”.
Vítor Veloso realça assim o trabalho de prevenção que tem sido levado a cabo pelo Núcleo Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, ao longo dos últimos 20 anos, o que tem permitido “diminuir até 25% a taxa de mortalidade do cancro da mama”.
