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Rajoy deixa liderança do PP e convoca congresso extraordinário

Mariano Rajoy Brey / Flickr

Mariano Rajoy

O líder do PP anunciou, esta terça-feira, que vai deixar a presidência do partido e que irá cumprir o seu mandato até ao dia em que o partido eleja o seu substituto.

“Durante 37 anos servi o partido. Cumpri o meu dever onde me pediram. É o momento de pôr um ponto final. O PP deve seguir com outro líder. É o melhor para o PP, para mim e para Espanha”, disse Mariano Rajoy, perante o Comité Executivo Nacional, citado pelo jornal Público.

O ainda líder do PP acrescentou que vai convocar uma junta diretiva para que, por sua vez, se realize um congresso extraordinário para eleger o seu substituto e explicou que não fará mudanças na estrutura orgânica do partido nem no grupo parlamentar porque entende que isso deverá ser feito pelo seu sucessor.

“Continuarei convosco, porque não imagino a minha vida fora do PP. Não vou entregar o cartão de militante. Agora o que é preciso é olhar para o futuro“, disse ainda, citado pelo Diário de Notícias.

“Continuamos a ser o maior partido de Espanha, ganhámos as três últimas eleições, contamos com a maior bancada no Congresso e no Senado, temos dirigentes preparados, temos uma militância como nenhuma outra, e por isso não há motivos para desânimo”.

“Tive o privilégio de ser vosso presidente durante 14 anos, os melhores anos da minha vida política”, referiu ainda o ex-primeiro-ministro no final do discurso.

Recorde-se que, na semana passada, a moção de censura promovida pelos socialistas espanhóis foi aprovada no Parlamento, levando à queda de Rajoy, agora substituído pelo líder do PSOE, Pedro Sánchez.

Depois de tomar posse no sábado, numa cerimónia presidida pelo Rei Felipe VI onde prescindiu da Bíblia e do crucifixo – um gesto inédito em 40 anos de Estado laico – Sánchez tem agora de apresentar a composição do seu Executivo, algo que deverá acontecer nos próximos dias.

A queda do Executivo foi provocada depois de vários ex-membros do PP terem sido condenados a longas penas de prisão, na sequência do esquema de corrupção conhecido por “caso Gürtel”, que ajudou a financiar o partido.

ZAP // EFE

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