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Polémica em torno das quotas. Rio ameaça PSD Madeira com Tribunal Constitucional

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João Relvas / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

Se na Madeira não votarem apenas as 104 pessoas que pagaram as quotas ao PSD, Rui Rio admite que será “o Tribunal Constitucional a resolver isso”.

O PSD Madeira tem defendido que há 2.500 militantes aptos a votar nas diretas do PSD, que se realizam no próximo sábado. No entanto, o líder do partido está a contar apenas com 104 militantes, os que pagaram as quotas, de acordo com as novas regras.

Em entrevista à TSF, Rui Rio defende que as “regras têm de ser iguais para todos os militantes”. Para o líder social-democrata, não se pode “aceitar que um partido com a dimensão do PSD faça uma eleição nacional e que os militantes de Bragança, de Viseu ou da Guarda tenham de preencher determinados requisitos, enquanto outros não”.

O presidente do PSD lembrou que existe um “caderno oficial que só tem 104” militantes, os que “cumpriram as regras e pagaram a quota de forma direitinha”. Caso surjam os 2.500 militantes que Miguel Albuquerque, líder do PSD Madeira, diz estarem em condições de votar, “está-se a usurpar o direito a esses 104 militantes, porque depois não se pode contabilizá-los”.

Por esse motivo, Rio espera que o Conselho de Jurisdição esteja atento e que atue se essa situação se verificar no próximo sábado, porque, em caso contrário, “se o processo chegar ao Tribunal Constitucional (TC)”, o líder não tem “dúvida nenhuma do que o TC vai dizer: que as regras têm de ser iguais para todos”.

As novas regras para o pagamento de quotas no PSD foram introduzidas durante o mandato de Rui Rio. Como explica a TSF, os militantes deixaram de poder pagar em dinheiro vivo, nas sedes partidárias, e passaram a ter que proceder ao pagamento por multibanco, vale postal ou MB Way, mediante o envio de um código de pagamento.

Este novo processo tem originado várias críticas. No entanto, Rui Rio lembra que esta é a única forma de identificar “a proveniência do dinheiro” e evitar os pagamentos maciços de quotas por uma única pessoa.

Para Rui Rio, os partidos políticos “não podem ser financiados por dinheiro vivo” e a proveniência do dinheiro tem que ser conhecida.

O atual líder e candidato defronta Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz no próximo sábado, nas diretas do partido.

ZAP //

3 Comments

  1. É esta a democracia do Rui Rio, quando não estão de acordo com ele, ele retalia, foi assim quando Presidente da Câmara do Porto como a Comissão do 25 de Abril o criticou ele cortou-lhes o subsidio, por isso não sou militante nem simpatizante de nenhum partido, penso pela minha cabeça e faço o que penso estar certo, se fizer mal na próxima emendo, mas obedecer a ordens dos “donos” dos partidos como se eles fossem um Deus nunca.

    • A democracia do Rui Rio é a democracia das regras iguais para todos. Será que a sua cabeça pensa que cada um pode fazer o que quiser sem ligar às regras instituídas?

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