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Quatro feridos com arma branca junto à antiga redação do Charlie Hebdo

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Ian Langsdon / EPA

Quatro pessoas foram esta sexta-feira feridas, duas das quais com gravidade, com armas brancas em Paris, junto ao edifício da antiga redação do jornal satírico Charlie Hebdo, anunciou a polícia da capital de França.

Dois dos feridos estão em estado de “emergência absoluta”, adiantou a prefeitura.

Um responsável policial indicou que, num primeiro momento, as autoridades pensaram que dois suspeitos estariam envolvidos, mas que agora acreditam que foi apenas uma pessoa, detida junto à Praça da Bastilha, no leste de Paris, muito perto do local do ataque.

De acordo com o jornal francês Le Figaro, o suspeito, detido nas escadarias da Ópera da Bastille pelas 12h45 locais, teria sangue nas suas roupas.

Desconhecem-se para já as circunstâncias do ocorrido.

A SIC Notícias dá conta que no local do ataque está montada uma grande operação policial. Foi organizado um cordão de segurança e as autoridades estão a pedir à população que se afaste da zona do incidente.

Por precaução, as creches e escolas nas proximidades foram encerradas, assim como as estações de metro, escreve ainda o jornal Público. “Milhares de alunos foram confinados” por precaução, indicou a câmara municipal de Paris.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, suspendeu um discurso que se preparava para fazer e dirigiu-se ao centro de crise do Ministério do Interior.

A antiga redação do jornal foi alvo, a 7 de janeiro de 2015, de um ataque ‘jihadista’ que fez 12 mortos e cinco feridos graves. O processo do Charlie Hebdo começou no passado dia 1 de setembro, no Tribunal de Paris, a julgar 14 pessoas consideradas como cúmplices neste ataque, já que os irmãos Kouachi – que conseguiram entrar na redação, matando 12 pessoas – foram abatidos pela polícia alguns dias após o crime.

Estão também em causa os ataques perpetrados por Amedy Coulibaly, nos dias que se seguiram ao atentado ao “Charlie Hebdo” e que terão sido coordenados com os irmãos Kouachi: a morte de uma polícia em Montrouge, nos arredores da capital, e a morte de outras quatro pessoas num supermercado, também nos arredores de Paris.

O ataque contra o Charlie Hebdo provocou ondas de choque por toda a França, revelando divisões num país que se orgulha do seu multiculturalismo e gerando um intenso debate sobre a integração da comunidade muçulmana e a liberdade de imprensa.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. multiculturalismo é tão bom, recomenda-se que o levem até aos parlamentos por essa europa fora e especialmente aos bairros onde mora a fina elite de cada país.

    • A fina elite de cada país mora em bairros multiculturais, com a fina elite de empresários, celebridades, etc. de muitos outros países e culturas. Onde é que pensa que vivem os príncipes arabes, os empresários africanos, os empresários aisáticos e outros quando estão na Europa? No seu bairro? Em Almada? No bairro do Cerco no Porto? No bairro amarelo na Caparica?

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