Quase metade dos deputados são “caloiros” no Parlamento

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Miguel A. Lopes / Lusa

Os deputados do Partido Socialista aplaudem de pé, durante o debate do OE 2024

E menos de 100 mantêm o assento. Da saúde à agricultura ou administração local, há uma grande diversidade de novas caras que vão votar o futuro do país.

Dos 230 deputados eleitos no passado dia 10 de março, quase metade (43%) são novos rostos no Parlamento.

São menos de 100 os que transitam da legislatura anterior, lembra o Jornal de Notícias. Entre a centena que não mantêm o assento, alguns subiram de lugar nas listas ou trocaram de círculo eleitoral.

Entre os estreantes, destacam-se nomes como Miguel Guimarães, ex-bastonário da Ordem dos Médicos; Miguel Pinto Luz, antigo secretário de Estado; e Eduardo Oliveira e Sousa, ex-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal.

O novo cenário político é também marcado pelo regresso do CDS-PP, que conseguiu eleger o seu líder, Nuno Melo, e introduzir novas faces, como Paulo Núncio, na sua bancada parlamentar. Mas a renovação estende-se a outros partidos.

O próprio Partido Socialista , que “caiu” de 120 para 78 deputados, conta com uma significativa mudança na sua composição: são 20 caras novas, desde ministros, secretários de Estado e autarcas como novos deputados. Ana Mendes Godinho, ex-ministra do Trabalho e primeira eleita pela Guarda; Paulo Cafôfo, ex-secretário de Estado das Comunidades que liderou a lista da Madeira; Mariana Vieira da Silva, ex-ministra da Presidência; Ana Sofia Antunes, ex-secretária de Estado para a Inclusão foram algumas das eleitas. Entre os autarcas, vemos Walter Chicharro, da Nazaré, e Luís Dias, de Vendas Novas, serem eleitos pelos círculos de Leiria e Évora.

O Chega, liderado por André Ventura, é como um dos partidos com maior número de estreantes, e reforça a sua posição com 33 novas entradas numa bancada de 50 deputados. Simões de Melo, ex-membro da IL e cabeça de lista do Chega pela Guarda, e António Pinto Pereira, de Coimbra, são exemplos. Com os votos favoráveis da AD e da Iniciativa Liberal, o Chega espera eleger um vice na Assembleia da República.

A líder parlamentar Mariana Leitão (Lisboa) e Mário Amorim Lopes (Aveiro) são as estreias liberais.

À esquerda, a novidade no Bloco é a ex-eurodeputada e candidata a Belém, que encabeçou a lista no Porto, Marisa Matias.

Pela CDU, o líder comunista, Paulo Raimundo, faz a sua estreia numa bancada de três deputados.

Isabel Mendes Lopes, segunda por Lisboa e líder parlamentar, Jorge Pinto (Porto) e Paulo Muacho (Setúbal), juntam-se a Rui Tavares em defesa do Livre.

ZAP //

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