Hong Kong, Zurique e Paris são as três cidades mais caras do mundo, enquanto Damasco ocupa a última posição no relatório global do custo de vida publicado hoje pela Unidade de Inteligência do semanário britânico The Economist.
De acordo com as últimas descobertas do Estudo Mundial do Custo de Vida da Unidade de Inteligência do The Economist, Hong Kong, Zurique e Paris – capital francesa que foi ainda considerada uma cidade dos 15 minutos – dividem o primeiro lugar do top de cidades com o custo de vida mais alto do mundo.
Esta é a segunda vez que três cidades partilham o primeiro lugar neste estudo, que tem em conta os preços de 138 bens e serviços em 133 grandes cidades de todo o mundo.
Os preços desse conjunto de produtos subiram apenas cerca de 0,3 pontos em média no último ano, principalmente devido ao efeito da pandemia de covid-19, o que também significou que os principais aumentos foram em categorias como o tabaco ou atividades recreativas – estas últimas incluindo os produtos eletrónicos – enquanto as maiores quedas se verificaram no vestuário.
Para além destes três setores, a Unidade de Inteligência analisa outros parâmetros tais como os montantes associados às rendas, transporte, educação, alimentação, bebida ou artigos domésticos e de cuidados pessoais.
A lista completa das dez cidades onde a vida é mais cara fica assim ordenada:
- Hong Kong (China);
- Zurique (Suíça);
- Paris (França);
- Singapura;
- Osaka (Japão);
- Telavive (Israel);
- Copenhaga (Dinamarca);
- Nova Iorque (Estados Unidos);
- Genebra (Suíça);
- Los Angeles (Estados Unidos).
No ano passado, o top 3 foi formado por Hong Kong, Singapura e Osaka, embora em 2020 estes dois últimos tenham caído devido, no caso da cidade-estado, a um “êxodo de trabalhadores estrangeiros” e, no caso da cidade japonesa, à estagnação da inflação e aos subsídios do governo japonês para despesas como os transportes públicos.
A cidade cujos preços mais evoluíram ao longo do último ano é o Teerão, que subiu 27 lugares na tabela devido às sanções dos Estados Unidos, o que dificultou o fornecimento de bens ao Irão.
A maioria das cidades chinesas subiram muito na tabela devido à guerra comercial Estados Unidos-China, que testou a resiliência das cadeias de abastecimento e aumentou os preços ao consumidor.
No fundo da tabela estão cinco cidades: Damasco (capital da Síria), Tashkent (Uzbequistão), Lusaka (Zâmbia), Caracas (Venezuela) e Almaty (Cazaquistão).
A América Latina e a África são as duas regiões onde os preços desceram mais devido à fragilidade das moedas locais e ao aumento da pobreza.
A taxa de câmbio tem sido um fator chave na determinação do ranking das cidades no estudo, já que o dólar enfraqueceu enquanto as moedas da Europa Ocidental e do Norte da Ásia se fortaleceram.
ZAP // Lusa