Quadro do Banco de Portugal suspeito em caso de lavagem de dinheiro de droga

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Um funcionário do Banco de Portugal foi constituído arguido no âmbito da investigação em torno das sociedades Money One e Transfex e das suspeitas de branqueamento de capitais, corrupção e fraude fiscal. Este quadro da instituição é suspeito de contribuir num esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de droga.

O Diário de Notícias apurou que, ao longo de vários anos, este quadro do Banco de Portugal divulgou informações privilegiadas a um grupo que manteve em funcionamento um esquema que visava a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de estupefacientes em Espanha.

O processo de investigação envolve também cinco gestores das empresas Money One e Transfex que foram detidos sob suspeita de associação criminosa, branqueamento de capitais, corrupção e fraude fiscal.

O quadro do Banco de Portugal será arguido por crimes de corrupção passiva, conforme adianta o Diário de Notícias.

O Banco de Portugal já confirmou ao jornal o envolvimento do seu funcionário no caso, afiançando ainda que este está “suspenso” e que “será aberto um processo para averiguações“. A instituição promete ainda agir “disciplinarmente”, caso se confirme a culpabilidade do mesmo elemento.

Entretanto, as investigações no âmbito do processo motivaram buscas em vários locais do país, nomeadamente no BIC que confirma ao Diário de Notícias que recebeu a “visita” da Polícia Judiciária.

O BIC frisa em nota ao jornal que duas das suas agências “foram visitadas por autoridades judiciárias”, pelo facto de as sociedades investigadas “serem detentoras de contas abertas nestas instituições”, concluindo que não foi “constituído arguido qualquer colaborador”.

O Banco de Portugal tinha já esta quarta-feira informado ter decidido suspender todas as operações financeiras da Money One e da Transfex, por estas sociedades indiciarem estar a realizar operações de branqueamento de capitais, “no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo”.

ZAP

1 Comment

  1. por mais que ele soubesse muitas coisas, isso não era nada perto de tudo o que ele ainda tinha para conheceriés diz:

    Portugal o país das transversalidades
    Depois da língua, do 2º telemóvel e do tv a led, a maior instituição é a corrupção, corporativismos vários, e outra coisa não menos transversal e convergente são as fugas do processo ‘Marquês’ a favor da impressa. O que é bom. Antes assim do que circunscrito ao silêncio de gabinetes e depois…

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